Palavra-chave para Nenê na temporada 2012-2013: paciência
Giancarlo Giampietro
A fascite plantar teima, que teima em não largar do pé do Nenê. Da última vez que veio a público para falar sobre seu problema físico, no dia 19 de outubro, o pivô afirmou que estava fazendo tudo direitinho, todos os exercícios recomendados pelos preparadores físicos e médicos, mas que ainda estava sofrendo com uma inflamação e que ainda estava aquém do que esperava em sua recuperação.
Por isso, não gostaria de cravar se estaria pronto para jogar nesta terça-feira, na abertura da temporada, em Cleveland. ''Quero jogar, mas algumas vezes as coisas não acontecem do jeito que você quer. Só quero garantir que estarei saudável para ajudar minha equipe porque, se eu tiver de ir para o banco de novo, isso não é bom.''
Quer dizer: o paulista de São Carlos ainda não sabe quando vai estar pronto, nem o clube consegue dar alguma previsão precisa sobre seu retorno.
Mas, quando ele voltar, Nenê ainda terá sua paciência testada: sem ter seu principal pivô ativo por um dia sequer em seus treinamentos e amistosos, sem ter o armador John Wall até janeiro, ou mais, o Wizards caminha para uma temporada de draga daquelas. Mais uma. Algo a que o brasileiro não está nada habituado.
A última vez em que ele fez parte de uma equipe que mais perdeu do que venceu foi em 2002-2003, em seu campeonato de calouro na NBA, pelo Denver Nuggets, com 20.7% de aproveitamento e 65 reveses em 82 partidas. Desde, então, o clube do Colorado venceu, no mínimo, 52,4% de seus jogos e bateu a casa de 60% em quatro ocasiões.
Neste mesmo período, o Wizards só conseguiu três temporadas com recorde positivo – o aproveitamento de 54,9% em 2004-2005 foi a melhor campanha, época com o trio Gilbert Arenas, Caron Butler e Antawn Jamison em forma. Nos últimos quatro anos, foram 88 vitórias e 178 derrotas. Argh.
Com Nenê em quadra no ano passado, o time de Washington venceu sete em 11 confrontos disputados. Mas Wall estava em forma e o time jogava embalado sob o comando do interino – hoje efetivado – Randy Wittman e pelo expurgo de JaVale McGee e Andray Blatche.
Agora já está difícil até de por seu pivô brasileiro para jogar. Jannero Pargo, ele mesmo, deve assumir um papel importante na armação. Lá vem sova.