Tim Duncan, mais três anos de Spurs
Giancarlo Giampietro
Steve Nash no Lakers! Deron Williams no Nets! Ray Allen no Miami! E um monte de negociações menores que renderam exclamação atrás de exclamação no mercado da NBA. Mas não a do acerto entre Tim Duncan com o San Antonio Spurs. Havia uma certa dúvida sobre a continuidade de carreira de Kevin Garnett, seu contemporâneo, e se ele ficaria em Boston. Sobre o pivô supercampeão no Texas muito pouco se especulou. Claro que ele jogaria por mais um tempinho. E, se fosse assim, claro que seria pelo Spurs.
Com Duncan, 36, conduziu as coisas sempre desse jeito: tudo com muita discrição. Tirando seu currículo impressionante em quadra, pouco se fala a respeito desse astro. E pode falar astro? Ele não curte nada disso.
Sabemos que algo que o diverte bastante é pescar, até mesmo ao lado de Gregg Popovich. Outra: quando a NBA passou a obrigar os jogadores a seguir uma etiqueta de vestimenta, o pivô foi um dos que ficou mais pê da vida, ainda que não se enquadrasse ao lado de Allen Iverson como um ícone hip-hop – só não gostou nem um pouco de ter de abrir mão do bermudão e da camiseta. É muito ligado a seus familiares. E… Bem… Fica por aí. Lidera, mas é quieto. Nem Twitter usa.
A ex-promessa da natação de Ilhas Virgens fechou contrato de mais três anos com o Spurs, sendo que o terceiro é opcional. Supostamente, então, ele joga no mínimo até 2014 e, antes de começar a campanha 2014-2015 (esses números parecem inacreditáveis aqui no QG 21…), vai avaliar se ainda pode ou quer continuar.
Duncan já está na NBA há 15 anos. Nesse período, o time texano venceu absurdos 70% de seus jogos (830 vitórias, 352 derrotas). Ganhou quatro campeonatos. Esteve sempre na briga pelos playoffs, sonhando com o título: já soma em sua carreira 190 partidas de mata-mata. Hoje, sem a agilidade e força de antes, não é mais uma figura irresistível no garrafão. Mas ainda faz bem vê-lo em quadra, e para Tiago Splitter deve ser um privilégio tê-lo por perto, mesmo que sua presença lhe roube minutos de quadra.