Rumo ao Knicks, Kidd e Camby são mais 2 vovôs a cacifar na NBA
Giancarlo Giampietro
Aos 39 anos, um dia depois do acerto de Steve Nash com o Los Angeles Lakers, Jason Kidd foi mais um veterano a surpreender no mercado da NBA e mudar de clube. Na semana passada, ele chegou a um acordo verbal com o New York Knicks, se desligando do Dallas Mavericks pela segunda vez na carreira.
Os termos do contrato de Kidd ainda não foram divulgados, mas as informações preliminares indicam que seria algo em torno de US$ 9 milhões por três temporadas. Fazendo as contas, ele jogaria até os 42. Camby iria até os 41, já que seu contrato também é de três anos, sendo o terceiro apenas parcialmente garantido.
Rapidamente: Kidd vem de sua temporada mais fraca na liga, com as menores médias de minutos, pontos, rebotes e assistências em seu jogo não mais tão dinâmico. Ainda assim, para o Knicks, é uma contratação perspicaz: o armador é extremamente respeitado pela nova geração e leva para a Big Apple uma influência apaziguadora, tentando fazer a ponte entre Amar’e e Carmelo – distância que em alguns momentos do campeonato passado parecia mais larga que o próprio Rio Hudson.
Já Camby se apresenta como um ótimo defensor na reserva de Tyson Chandler, fortalecendo a rotação de garrafão do Knicks com Amar'e Stoudemire. Ele retorna ao clube pelo qual viveu grandes dias na temporada 1999, alcançando a final para surpresa geral, no lugar de Patrick Ewing.
Agora, em termos de um grande cenário, é curioso ver como os vovôs estão lucrando nestas férias. Nash, 38, vai assinar por algo em torno de US$ 27 milhões por três anos. Mesma duração do novo contrato que será firmado entre o Boston Celtics e Kevin Garnett, 36, em vínculo de cerca de US$ 34 milhões. Teve também a 'traição' (nas palavras de Jarret Jack, veja bem) de Ray Allen, que trocou o Boston Celtics pelo Miami Heat.
Bela “aposentadoria” para a turma, não? Falta apenas Tim Duncan decidir se segue ou não jogando. Pelo Spurs, óbvio.
Não chega a surpreender. A preparação física, os cuidados alimentares, tratamentos médicos, todo esse conjunto em torno do desenvolvimento atlético dos jogadores só evoluiu nos últimos anos. Quem quiser vai se cuidar. É recomendável que não sejam exigidos por mais de 40 minutos de jogo? Claro. Pode ser que eles quebrem a qualquer jogo? Pode. Mas, por enquanto, se não há sinal claro que indique isso, os cheques vão sendo cruzados sem controle.
PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre Jason Kidd em sua encarnacão passada.