Kobe + Nash: vai ou tem de funcionar
Giancarlo Giampietro
Sabe qual foi a última vez que o Kobe Bryant jogou com um armador bom de verdade?
Foi… Tipo… Em… Hããã…
Nunca.
Não vale falar do Gary Payton. Não por ele não ter sido um craque. O que pega é que ele jogou só por um ano em L.A., e foi sob o comando de Phil Jackson num sistema que dispensava os jogadores desse ofício. Logo, também não pode responder Derek Fisher, Brian Shaw, Ron Harper, Steve Blake, John Celestand e, claro, Mike Penberthy. Sob o sistema vencedor do Lakers, não importava muito. Ainda mais com um ala como o Kobe, habilidoso no drible que só, ao lado.
Pois é.
Eles já jogaram juntos como All-Stars , e só. De resto, foram batalhas de um contra o outro, feito grandes rivais na Conferência Oeste.
Agora vão repartir a bola, e Kobe vai ter, sim, que responder aos questionamentos que sempre rodearam a carreira do ala, algumas vezes com razão, outras vezes de modo descabido.
Vai pedir que o Kobe compartilhe a bola com Smush Parker? Não, né?
Agora, com Nash, é outra história. Trata-se de outro jogador que está acostumado a controlar a bola por um longo tempo, estando os outros atleta conscientes, claro, de que podem recebê-la a qualquer momento, precisando ficar atentos para completar a assistência.
Como essa dinâmica entre Kobe e Nash vai funcionar é uma das grandes histórias, desde já, para a próxima temporada. Diz o insider Adrian Wojnarowski, infalível, que os dois astros já se falaram por telefone na segunda-feira e até mesmo nesta terça, antecipando o acerto. O que será que falaram? O mais óbvio e prudente seria: que eles ajudarem um ao outro, um diminuir a carga do outro. São bem grandinhos para isso.
Algumas notas sobre a transação:
– Kobe e Nash foram draftados no mesmo ano: 1996. Kobe na posicão 13, pelo Hornets, logo repassado ao Lakers, e Nash na 16ª, pelo Suns.
– Aos 38 anos, Nash vai receber cerca de US$ 24 milhões por três temporadas. Se o santo não bater, ainda pode ser trocado.
– Neste ponto, não adianta muito citar a idade de Nash. Enquanto tiver Kobe em seu elenco – e ninguém pensa em trocá-lo, ok?, e seu contrato vai até 2014 –, o Lakers não pode/consegue pensar seriamente em uma renovação no elenco.
– Nash jogou muito com a bola em mãos durante a carreira e ainda tem médias de 49,1% nos arremessos de quadra e 42,8% de três pontos. Logo, com Kobe e grandes pivôs ao seu lado, pode chegar a…
PS: Veja o que foi publicado pelo blogueiro sobre o Lakers em sua encarnação passada.