Vinte Um

A Copa de basquete em números

Giancarlo Giampietro

A Copa do Mundo de basquete começa daqui a pouco. Neste sábado, mesmo. Isso pede qualquer tipo de informação que vá processar um ou dois neurônios de gente do bem:

Tenório, o tampinha do Mundial

Tenório, o tampinha do Mundial

218 – Na verdade, 2,18 m de altura para Hamed Haddadi. O pivô iraniano é o jogador mais alto no torneio, entre 288 listados. Com 1,70 m, o armador filipino Lewis Tenorio é o tampinha oficial. Em termos de seleção, a Sérvia tem o conjunto mais alto, com impressionantes 2,04 m de média per capita. Com 1,95 m de altura, o enjoado Milos Teodosic é o mais baixo dos caras. Sim, leia isso de novo e veja lá se faz sentido! Parei.

100 – Coreia do Sul e Egito são as únicas seleções a terem 100% do elenco formado por atletas de suas ligas domésticas. Filipinas, Irã, Turquia e Angola têm 11. Nos Estados Unidos, os 12 são da NBA, mas DeMar DeRozan joga pelo Raptors. De Toronto. Waka-waka-waka.

46 – a Euroliga é o campeonato de clubes que mais representantes fornece ao Mundial, com 46 atletas já garantidos. Se você quiser incluir nos cálculos, aqueles que vão disputar o torneio qualificatório (a, digamos, Pré-Euroliga), pode subir para 49, adicionando o armador francês Atoine Diot, do Estrasburgo (e que deve ser o titular na vaga de Tony Parker em sua seleção) e a dupla Nikos Zisis e Kostas Kaimakoglou, gregos do Unics Kazan.

44 – foi em 1970, há 44 anos, a última vez em que o país anfitrião viu sua seleção comemorar o título: a Iugoslávia. O que, nos tempos de hoje, nem vale: eram vários países em um, três deles jogando a atual edição: Croácia, Eslovênia e Sérvia. (PS: se formos levar a brincadeira adiante, uma seleção iugoslava poderia ter algo como Goran Dragic, Milos Teodosic, Stefan Markovic, Zoran Dragic, Krunoslav Simon, Bojan Bogdanovic, Dario Saric, Damjan Rudez, Nemanja Bjelica, Ante Tomic, Nenad Krstic e Luka Zoric. Candidata ao título, claro.)

Marcelinho em 2002, Indianápolis

Marcelinho em 2002, Indianápolis

39 – com 39 anos, Marcelinho Machado é o jogador mais velho da competição – a seleção brasileira, aliás, tem a média de idade mais elevada: 31 anos por jogador. Machado, ao que tudo indica, também vai se tornar o jogador mais velho a entrar em quadra pelo Mundial. Basta Magnano querer. Além do camisa 4 flamenguista, o sul-coreano Moon Tae-Jong também nasceu em 1975, mas só vai fazer aniversário em dezembro. Os pivôs Daniel Santiago, de Porto Rico, e Hanno Möttölä, da Finlândia, são de 1976. Pablo Prigioni, da Argentina, Keren Gonlum, Turquia, e Jimmy Alapag, das Filipinas, são de 1977. Todos eles têm direito a vaga no senado.

38 – já a última vez que o Brasil ficou entre os quatro melhores de um Mundial aconteceu há 38 anos, em 1986, na própria Espanha. Na ocasião, a turma de Oscar perdeu a disputa do bronze para a Iugoslávia, de um certo Drazen Petrovic e um Vlade Divac, de 18 anos.

35 – sem contar os jogadores do Team USA, são 34 atletas que apresentam todos orgulhosos o CV com NBA lá no topo. Ou melhor, 34 jogadores com um contrato vigente com a maior liga de basquete do mundo. Caras como Baynes, Ayón e Blatche, que disputaram a última temporada, mas que são agentes livres no momento, ficaram fora dessa conta. A Espanha é quem mais tem, nesse sentido: seis. Incluindo o Ibaka, que fique claro.

O magrelinho Mykhailiuk entre marmanjos: 22 anos mais jovem que Machado

O magrelinho Mykhailiuk entre marmanjos: 22 anos mais jovem que Machado

18 – da mesma forma, se excluirmos os caras da seleção espanhola, temos uma dúzia e meia de atletas da Liga ACB registrados no Mundial. Dois deles são brasileiros e armadores: Marcelinho Huertas (Barcelona) e Raulzinho (Murcia). O Real Madrid, com sete convocados, é o clube mais representado no campeonato. Já contando o Chapu Nocioni, que vai substituir Nikola Mirotic na próxima temporada.

17 – anos é a idade do ala-armador ucraniano Sviatoslav Mykhailiuk, o atleta mais jovem do Mundial. A precocidade do garoto é tamanha que, em 2013, ele estava disputando o Eurobasket… Sub-16. Geralmente, os caçulinhas neste tipo de competição são pivôs, né? Como Splitter em 2002. Mykhailiuk, extremamente badalado pelos olheiros europeus, contraria essa escrita. Terminada a participação de seu país, ele vai pegar o primeiro voo disponível e se juntar ao elenco de Bill Self na universidade de Kansas.

10 – dez países que não conseguiram vaga – nem convite – ao menos viram suas ligas nacionais fornecerem jogadores para o Mundial: Alemanha, Bósnia, China, Israel, Itália, Japão, Romênia, Rússia, Suíça, Venezuela. Mercado com muito dinheiro, a China só conta com dois atletas: Pooh Jeter, americano naturalizado ucraniano, e Hamady N'Diaye, pivô senegalês que já atuou por Sacramento Kings e Washington Wizards. Desse grupo, com nove convocados, a Rússia foi quem mais cedeu.

6 – jogadores disputaram a última temporada da NCAA, o basquete universitário americano. Três são neozelandeses: Taj Webster, Robert Loe e Isaac Fotu.

Laprovíttola rubro-negro

Laprovíttola rubro-negro

2 – entre todos os inscritos, excluindo os brasileiros, apenas dois jogadores disputaram o último NBB: Nicolás Laprovittola, armador do Flamengo e da Argentina, e Ronald Ramón, armador do Limeira e da República Dominicana. Pensando no próximo campeonato nacional, mais dois gringos podem ser incluídos: os alas argentinos Walter Herrmann, grande reforço do Flamengo, e Marcos Mata, que vai para o Franca. Além disso, tem o Hettsheimeir em Bauru. Com os brasileiros Alex, Marcelinho, Marquinhos, Giovannoni e Larry, o número subiria para sete.

0 – Nenhuma seleção conseguiu subir ao pódio em todos os três Mundiais disputados nos anos 2000: os EUA, bronze no Japão 2006 e ouro na Turquia 2010, ficaram fora da edição justamente disputada em casa, em 2003. Rubén Magnano pode contar com mais detalhes o que se passou por lá. A Espanha foi ouro há oito anos, mas não ganhou medalha nas demais. Aliás, numa prova de equilíbrio, tivemos dez semifinalistas diferentes.

Para recordes históricos, esta página da Wikipedia diverte. O site Eurohoops também tem preparado um material bem legal (em inglês) do fundo do baú: os melhores duelos e as melhores finais, entre outras listas. Vale fuçar.