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Abertura do Paulista feminino não tem entrega de bandeja
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Giancarlo Giampietro

Nádia Coelho, pivô do São José

Nádia: 13 pontos, 12 rebotes e algumas bandejas erradas

A última avistada que havíamos dado no basquete feminino brasileiro foi a melancólica vitória da seleção sobre a Grã-Bretanha, sua vitoriazinha de honra nas Olimpíadas. Nesta quinta, na abertura do Paulista, não dá para dizer que o cenário observado em bem-vinda jornada dupla da ESPN Brasil foi animador, não, na vitória do São José sobre o Santo André por 77 a 59.

Não anotei as estatísticas em tempo real fornecidas pela FBP, o placar se renovou, então não vai dar para colocar agora, precisamente, o quão feia foi a partida.

Mas, para quem não viu, fica aqui o testemunho juramentado: as meninas erraram muitas bandejas, incluindo gente de seleção, como a pivô Nádia, reforço do clube do Vale do Paraíba. Bandejas, mesmo. Muitas delas livres em contra-ataque. Direita, esquerda, quadradinho e… Aro.

“Nosso time não fez um bom jogo, cometendo muitos erros. Mas, estamos no início de um trabalho e a tendência é de crescimento nas próximas rodadas”, afirmou a experiente técnica Laís Elena, atual campeã, que chegou a pensar em aposentadoria, mas segue para mais uma temporada.

Dá para falar que as jogadoras estavam enferrujadas, que a carga técnico-tática ainda está sendo aplicada e que a coisa vai melhorar daqui a algumas rodadas, mas não é muito fácil de explicar o tipo de erro cometido nas finalizações nesta quinta. Tipo de erro, no entanto, que ajuda a entender muita coisa.

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A dupla ex-Santo André – Nádia e a cubana Ariadna – mostrou a Laís o quanto vão fazer falta neste ano: somaram 27 pontos e 17 rebotes. Nádia, mesmo com seus erros de bandeja, faz muita diferença em quadras nacionais com sua estatura e mobilidade.

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Vendo a carência olímpica que a seleção brasileira tinha de uma autêntica ala – dividindo sua rotação muitas vezes em três pequenas ou três gigantes, com Karla ou Damiris cobrindo a posição –, para o blogueiro aqui que andava com a cabeça na Lua, era de se perguntar aonde estava Micaela. Será que não dava mesmo? Pelo microcosmo que foi o jogo de hoje, não era possível sua convocação, mesmo. Aos 32 anos, mesmo fisicamente ela pouco lembra aquela jogadora fogosa e energética de quatro, cinco temporadas atrás. O tempo passou bastante.


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