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Arquivo : Kevin Durant

Prévia olímpica: Coach K leva revolução tática ao basquete. Mais ou menos como o Barcelona no futebol
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Giancarlo Giampietro

As escalações dos Estados Unidos durante seus amistosos preparatórios têm deixado muita gente de cabelo em pé. Quando o gigante Tyson Chandler sai de quadra, não há nenhum candidato claro para assumir sua posição de “ão” em quadra, a do pivozão, o cincão, o xerifão, seja qual for o aumentativo que o basqueteiro aprecie mais.

Como? Vai jogar sem pivô mesmo!?

Diante de anos e anos com essa formatação tradicional empregada pelas equipes, fica difícil de entender ou aceitar. Mas essa é precisamente a revolução tática o que Mike Krzyzewski, o Coach K, vem instaurando na seleção norte-americana e que agora é levada ao extremo nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Kobe Bryant, Barcelona

Kobe adora o Barcelona de Messi

Pensando num paralelo talvez bem acessível no país do futebol: o Team USA emula, de certa forma, o que o Barcelona fez nos últimos anos nos gramados sob o comando de Pep Guardiola, ganhando praticamente tudo o que disputou durante três temporadas.

Lionel Messi, na escalação da TV, aparecia como centroavante, mas ele não era exatamente isso. O brasileiro Dani Alves saía de lateral para ponta pela direita, recuando em algumas ocasiões, nos jogos mais fáceis, para zagueiro pela direita rapidamente, tudo no mesmo jogo. E o Iniesta? Meia, meia-atacante, ponta, atacante ou, pasme, volante que avança? Mascherano: reverenciado na Argentina como volante, efetivado no clube catalão como zagueiro.

Não foi assim que eles botaram tudo o que foi retranca na roda? Até esbarrarem num Chelsea ou numa Internazionale aferrolhados aqui e ali, foi, e a crítica aceitou perfeitamente e se apaixonou. Pois bem, agora chegou a vez de encarar essa reeducação no basquete, como o professor Paulo Murilo tenta passar há tempos. Nesta terça, em amistoso em… Barcelona, foi a vez de os espanhóis aprenderem isso: quando jogaram sem um pivô tradicional, os norte-americanos venceram os campeões europeus por 18  pontos na conclusão de suas partidas preparatórias para as Olimpíadas.

A reeducação
Estamos habituados a tratar as posições do basquete num quinteto de 1 (armador) a 5 (pivô), passando didaticamente por 2 (ala-armador, ala arremessador ou escolta), 3 (ala purinho da silva) e 4 (ala-pivô, ala-de-força).

Mas o Coach K explica que em sua seleção as coisas não funcionam assim, não: “O modo como coordenamos nosso ataque não é com 1-2-3-4-5. O ataque que estamos tentando encaixar dá aos jogadores ações em que eles possam improvisar. Ninguém está casado com uma certa posição na quadra. Não seria legal fazer isso com esses caras. O principal para nós será o espaçamento e a versatilidade”.

Tyson Chandler, Team USA

Chandler, cincão solitário dos EUA

Para vocês não acharem que esse é só o blablabla do técnico, rabisco de prancheta, temos aqui dois jogadores corroborando o plano tático. Como o (?) ala Kevin Durant “O Carmelo pode levar a bola e jogar de pivô. LeBron pode jogar de 1 até 5. Eu? Não sei se eu posso jogar de 1, mas consigo ir de 2 a 5”, afirmou o astro do Oklahoma City Thunder.

E que tal um LeBron James? “Não tenho uma posição. Apenas me coloque para jogar. Meu papel é o mesmo que tenho no Miami: fazer o que for necessário para vencer.  Se tivermos de jogar com uma formação salta, que seja. Se no jogo tivemos de jogar com uma formação baixa, então que façamos isso. Jogar de armador. Marcar o armador. Não importa a mentalidade.”

Mão-de-obra
Claro que precisa de fundamento também para colocar em prática, não são todos os atletas capacitados para por em prática esse plano. No fim, não deixa de ser um resquício também da influência do “Dream Team” de 1992 sobre as gerações que o sucederam.

Kevin Garnett não cresceu idolatrando Pat Ewing ou David Robinson, mas, sim, aquela turma legendária do perímetro, não importando a sua altura – no folclore norte-americano, inclusive, consta que KG sempre procurou mentir sua altura para que não fosse taxado de pivô. Queria ser chamado de ala, e seria difícil fazer seus técnicos aceitarem isso caso fosse medido como um cara de 2,13m, 2,15m de altura. Não é que não saiba atuar como pivô: o lance é que ele sabe fazer tudo na quadra, mesmo.

Com uma base formada por esses jogadores de talento múltiplo, é para esse rumo que os EUA estão empurrando as coisas. Priorizando velocidade em detrimento de tamanho. “As pessoas dizem que nossa equipe não é alta o suficiente, que não tem uma linha de frente grande, mas a nossa rapidez compensa isso. Se sairmos no contra-ataque, quem vai nos parar?”, questiona Durant. “Vai compensar muito.”

Desta forma, o Coach K também consegue aproveitar melhor seus talentos. Hipoteticamente: se ele tivesse preso a posições, pode ser que um jogador 3 menos qualificado ficasse na seleção no lugar de um jogador 5 muito mais qualificado. Com atletas chamados de “híbridos”, ele prefere usar de uma vez os cinco melhores que tiver em mãos do que priorizar posições. E não faz sentido?

Carmelo, Durant e LeBron: Team USA

Carmelo, Durant e LeBron: três alas? Três pivôs?

Tendência
O (?) ala-pivô Chris Bosh inicialmente estava nos planos para a seleção norte-americana, mas acabou cortado devido a uma lesão no abdome. Dias antes de seu corte e distante do que os companheiros iriam executar nos treinamentos, ele havia detectado esse mesmo padrão de jogo em seu campeão Miami Heat.

“Geralmente, a final da NBA é o protótipo para onde o basquete está indo. O fato é que estamos jogando rapidamente, colocando caras tradicionais na próxima posição disponível. Colocar Shane Battier e LeBron na posição 4, com isso funcionando, acho que você vai poder ver isso se espalhar para outras equipes. Vamos ver como será”, afirmou o jogador, que, no fim, acabou fazendo as vezes de um “cincão” sem exatamente se enquadrar nesse perfil.

“É até legal por que posso dizer que sou o pivô titular dos campeões da NBA. Mas se você olhar para mim não iria acreditar nisso. Os outros caras são bem maiores que eu, mas o jogo está mundo, acho, e está se tornando bem mais rápido. A fórmula parece funcionar.”

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Atiçados, EUA promovem blitz em último amistoso e atropelam a Espanha
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Giancarlo Giampietro

A Espanha provocou.

A torcida e os reservas vibravam com as andadas marcadas contra Kobe Bryant. Serge Ibaka, reforço contratado no ano passado, cravava e fazia pose no garrafão. Cabreiro, Kevin Durant não se conformava e amassava o aro. LeBron James também se precipitava e cometia turnovers. Coach K parava o jogo por precaução.

Oito pontos de vantagem contra os norte-americanos?

Vamos!

E foram, mesmo. A Espanha ainda venceu o primeiro quarto por 23 a 21, mas os Estados Unidos voltaram mudados para quadra e concluíram sua série de amistosos pré-olímpicos com mais uma vitória em Barcelona: 100 a 78 (vantagem bem mais largo do que fizeram contra Brasil e Argentina). Jogaram duro até o fim e só se contentaram quando chegaram ao placar centenário.

Carmelo Anthony, Team USA

Carmelo queimou a redinha no 1º tempo

Depois do tempo de Krzyzewski, começou a blitz. Sai Chris Paul, entra Deron. Entra Russell Westbrook. Entra Andre Iguodala. Volta Durant. Volta Kobe. Não para: a pressão fica absurda em cima da bola.

No ataque, equilibrando a balança, Carmelo Anthony, que vinha sendo questionado, só não fez chover no ginásio catalão. Marcou 22 pontos só no primeiro tempo, contra 25 do restante dos seus companheiros, para colocar os visitantes na frente. Não perderiam a liderança nunca mais. É complicado: quando não é Durant, vem Anthony. Quando não tem Anthoy, vem James. E segura.

No terceiro quarto, com um inefetivo Tyson Chandler preso no banco e os três alas-pivôs escalados – Durant, Melo e LeBron –, a diferença chegou a 20 pontos.

Para não ficar tão feio assim, o técnico Sergio Scariolo enfim começou a mexer seus pauzinhos. Passou a defender por zona, com as pestes chamadas Victor Sada e Sergio Llull na cabeça do garrafão, devolvendo um pouco a pressão na linha de passe. Por um tempo, os americanos, agora só com reservas em quadra, se enroscaram, e a vantagem caiu um bocado.

Quando iniciou o quarto final, com a cavalaria de novo a postos e Scariolo retirando sua defesa por zona (que só retornou nos minutinhos finais, para mais testes), o jogo já estava no papo. O amistoso, pelo menos.

*  *  *

O segredo do técnico Sergio Scariolo, que dirige a Espanha? Guardou Marc Gasol a partida toda novamente. O pivô do Memphis Grizzlies está com esse problema físico há um bom tempo, pode ser sério, mas e se for jogo de cena? De modo que os EUA ainda não sabem o que é enfrentar a Espanha com Ibaka e os irmãos Gasol na rotação. Felipe Reyes, envelhecido, foi presa fácil.

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De resto, difícil acreditar que a Espanha tenha tirado tanto o pé assim. Perder em casa desse jeito não seria a melhor despedida antes de partir para as Olimpíadas, por mais que os irmãos Gasol tenham dito ao New York Times na véspera que não iam mostrar tudo. “Kobe não gosta de perder para ninguém, mas eu gostaria de deixá-lo vencer amanhã e derrotá-lo em Londres. Isso seria o ideal”, afirmou Pau.

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LeBron não cansa de surpreender. Impressionante: em alguns momentos marcou Pau Gasol, no mínimo cinco centímetros mais alto e bem mais comprido, no mano-a-mano, sem ajuda, no centro do garrafão, sem perder posição. Do outro lado, quando os dois se enfrentaram, não houve como o pivô do Lakers parar na frente do trator do Miami Heat.

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Vamos combinar: a partir de agora, quando o Coach K colocar em quadra Westbrook, Durant, LeBron e Carmelo ao mesmo tempo, vamos chamar aqui de Team Freak, ok? O ritmo fica alucinante, com Deron ou Paul armando.


Nocioni provoca e coloca em dúvida favoritismo dos EUA
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Giancarlo Giampietro

Depois de a Argentina fazer um jogo duro e um tanto conturbado contra os Estados Unidos neste domingo, perdendo por apenas seis pontos (86 a 80), o ala Andrés Nocioni fez questão de colocar mais lenha no forno para provocar os norte-americanos. Tudo de acordo com sua especialidade, como nós conhecemos muito bem.

“Os Estados Unidos mostram que fisicamente são muito superiores a qualquer equipe Fiba, mas, quando alguém joga de igual para igual, eles começam a se fazer muitas perguntas. De modo que são totalmente mortais e vão ter de trabalhar muito duro para conseguir o ouro e não estou tão certo de que o consigam”, afirmou o ala, de quem, no fim, os norte-americanos também se recordam. “Demos um susto importante neles.”

Nocioni em ação contra os Estados UnidosEm seu auge físico, o Chapu peitava, trombava e batia sem dó na NBA, tendo virado um dos jogadores favoritos dos torcedores de Chicago. Também agradava aos seus treinadores pela dedicação em cada treino. Não aliviava para ninguém.

É um veterano guerreiro e não perdeu a chance de atiçar alguma fagulha contra um rival que vão enfrentar na primeira fase em Londres-2012. Quanto mais tumulto, neste caso, melhor para Nocioni e Argentina.

Neste domingo, em Barcelona, após uma falta antidesportiva de Chris Paul em Facundo Campazzo, Luis Scola e Kevin Durant se estranharam por um bom tempo, LeBron James entrou na parada, Ginóbili foi junto, e, a partir dali, os campeões olímpicos de 2004 só subiram enquanto os atuais campeões patinaram. Dessa vez foi Kevin Durant a acertar algumas bolas de três a mais – das sete que converteu no jogo, glup – nos minutos finais para conter a reação.

Os EUA haviam passeado em quadra no primeiro quarto, e a Argentina, preocupante, parecia pronta para tomar mais uma surra daquelas, assim como no confronto com a Espanha. “Viemos para cá preparados para jogar uma grande partida, a sair melhor para a quadra, mas não foi algo que obviamente não aconteceu. Contudo, conseguimos nos recuperar num jogo que parecida perdido já no primeiro quarto. Fizemos o que tínhamos de fazer: jogar da melhor maneira que podíamos, jogar duro e de modo físico e tratar de lutar”, afirmou o ala.

Nocioni, então, respirou fundo antes de finalizar dizendo que a Argentina está no páreo, apesar de alguns amistosos não muito empolgantes.  “Foi muito importante. A verdade é que estávamos passando por aí uma imagem de (que estávamos) um pouquinho fora de ritmo. Hoje demonstramos que estamos bem, na linha que deveríamos estar e ainda faltam sete dias. Teremos mais alguns treinamentos duros aqui na Espanha e creio que, com esta atitude, vamos com muita fé.”


O Fantástico Mundo de Ron Artest: Só os melhores
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Giancarlo Giampietro

Antes da criação do Vinte Um, um projeto mais modesto, mas seguramente mais divertido era criar um blog todo voltado ao ala Ron Artest, do Los Angeles Lakers.

E bancaria como? A começar pela leitura do site HoopsHype, obrigatória para qualquer fã de basquete, devido ao acúmulo absurdo de informação oferecido diariamente, com tweets e declarações dos jogadores, jornalistas, dirigentes e trechos de reportagem do mundo todo.

As novelas das negociações de LeBron James e Carmelo Anthony foram certamente as líderes em manchetes nos últimos anos desse site agregador de conteúdo. Afinal, é o tipo de assunto que rende boato, respostas a boato e os boatos que, então, brotam desse processo.  Mas há também um personagem que dia sim, dia não vai estar presente por lá, geralmente no pé dos boletins de rumores, puxando a fila dos faits divers. Ron Artest, senhoras e senhores.

Sucessor natural de Dennis Rodman na prática do lunatismo – embora com personalidades e natureza completamente diferentes, num mano-a-mano que deve ser explorado em uma ocasião futura  –, Ron-Ron vai ganhar o seu próprio quadro aqui. Nos tempos em que a ordem é racionar na vida em sustentabilidade, o jogador não nos priva de sua condição de fonte de humor inesgotável.

*  *  *

Ron Artest, o melhor?

Tipo nível Michael Jordan, mesmo

Vocês pensam que não, mas o Ron-Ron tava bem atento, sim. Ao que andavam escrevendo e especulando a seu respeito pora aí na Internet. Nos jornais. Na TV. Hum-hum. Tava, sim.

Se ele ficou preocupado? Aí é outra história. O que dá para dizer por ora é que ele estava incomodado. Essa história de que o Lakers poderia trocar um jogador do calibre da Metta World Peace? Como assim, cara? Só se for pela alta classe.

“Eu sou muito bom, afirmou ao Los Angeles Times. “Se você for me trocar, dá para ganhar um LeBron James ou um Kevin Durant. Era nisso que estava pensando quando ouvia o pessoal da mídia falando. Se não for por um Dwyane Wade, não faria sentido. Sou muito bom.”

O ala do Lakers garante que chegou a hora de voltar a ser um dos “melhores”. Quando o repórter Mark Medina perguntou se, no caso, ele estava falando de ser um dos melhores na defesa, disse que não. “Um dos melhores na liga”. Confiante, é isso aí!

Artest assegura que está muito melhor fisicamente, que se cansou passar vergonha perdendo bandejas e enterradas nos últimos anos e que ninguém vai conseguir pará-lo mais quando partir para a cesta da próxima vez.

Com US$ 15 milhões destinado ao nosso anti-herói, o Lakers só pode acreditar na história toda.

(A entrevista está tão boa que amanhã no fim de semana tem mais. Ron-Ron conta com vocês).

PS: Veja os capítulos prévios de nossa série exclusiva sobre o chamado Metta World Peace

 


Não tem crise, mas Durant não aguenta mais ver LeBron
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Giancarlo Giampietro

Kevin Durant x LeBron James

Durant: sai pra lá, LeBron

Pensa assim: você mal acabou de sofrer maior frustração de sua jovem carreira profissional e, na semana seguinte, já tem de lidar com aquele cara que te fez passar o maior carão?

Acontece dia-a-dia em cada escritório por aí na sua cidade e está ocorrendo agora, em quadra, neste momento, com o trio Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden, todos do Oklahoma City Thunder, todos obrigados a conviver diariamente com LeBron, aquele que os estraçalhou durante as finais da NBA, nos treinos da seleção norte-americana para Londres-2012.

No mínimo, estranho, né?

“Mas o que posso fazer?”, questiona Durant. “Ele é meu companheiro agora. Sou um jogador de equipe. Não posso isso deixar afetar nosso jogo. Isso é algo maior. É difícil perder nas finais e já jogar ao lado do cara que você enfrentou por cinco jogos e o cara que te bateu. Para mim, apenas tenho de passar por cima disso, ser um ótimo parceiro ainda e jogar duro.”

LeBron aquiesce: “Aposto que os incomoda. Eles provavelmente nem querem ouvir nada sobre isso. É algo que me incomodaria também. Perder numa final, quando estão todos competindo no mais alto nível e você querendo vencer para, depois, pouco depois ter de jogar junto incomodaria qualquer um”.

Bom dizer que LeBron e Durant têm uma certa amizade. No ano passado, para afogar as mágoas por suas derrotas diante de Dirk Nowitzki, os dois se juntaram em um ginásio de Ohio para treinarem juntos, um batendo o outro para ver se passava. Foi a chamada “semana infernal”.

Bem, se serve para alguma coisa, ao menos Durant, Westbrook e Harden não precisam jogar agora também com Dwyane Wade e Chris Bosh, cortados.

PS: veja o que o blogueiro já publicou sobre Kevin Durant em sua encarnação passsada.


Coach K define a seleção dos EUA: veja quem entrou
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Giancarlo Giampietro

Team USA 2012

A seleção dos EUA que vai para Londres definir seu ouro olímpico foi definida neste sábado pelo Coach K.

Está preparado?

Então lá vai.

Os armadores são Chris Paul, Deron Williams e Russell Westbrook. Os alas: James Harden, Andre Iguodala, Kobe Bryant, Kevin Durant, Carmelo Anthony e LeBron James. Os pivôs: Tyson Chandler, Blake Griffin e Kevin Love.

Muito fraco, né? Fica extremamente preocupante a situação dos então favoritos ao título. Sem Wade, Howard e Bosh não dá.

(…)

Brincadeira.

Os últimos três cortados foram Eric Gordon, Rudy Gay e o calouro Anthony Davis. De certo modo, surpreende que dois campeões mundiais em Istambul tenham perdido suas vagas, dando lugar a Harden e Griffin, estreantes. Gordon tem um jogo que encaixa bem com o basquete internacional, sendo o “matador de zonas” (sem trocadilhos, por favor, que o papo agora é sério). Harden ganhou sua vaga e vai ter de caprichar no chute de três pontos, deixando o fiasco nas finais da NBA para trás. Griffin não é tão versátil como o ala do Grizzlies, mas dá ao Coach K mais segurança no garrafão, no caso de algum infortúnio com Love ou Chandler. Ah, também vai vender muita camisa.

Imagino o quinteto inicial com Paul, Kobe, LeBron, Carmelo e Chandler.

Durant de sexto homem? Afe.

Ou, de repente, Krzyzewski pode aprofundar suas ousadias e escalar LeBron como um suposto pivô? E mandar um time com Durant, Carmelo e o astro do Heat, tendo Chandler reservado para duelos com times de garrafão mais ameaçadores (alô, Brasil!, hola, España!).

Westbrook, Griffin, Iguodala saindo do banco mantêm um padrão atlético absurdo em quadra. Love, Deron e Harden entram com a parte técnica da coisa. O que importa mais nesse elenco é isso: as diversas maneiras de se encaixar tantas peças talentosas.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção dos EUA em sua encarnação passada.