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Arquivo : Ingram

#NBADraft: os brasileiros em meio a legião estrangeira e muita névoa
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Giancarlo Giampietro

Simmons foi 'testado' pelo Sixers nesta terça. Já estava aprovado

Simmons foi ‘testado’ pelo Sixers nesta terça. Já estava aprovado

O Draft da NBA, nesta quinta-feira, é o último capítulo da liga antes de o calendário virar para temporada 2016-17. Este é o momento da turma do fundão brilhar e se encher de esperança. No caso, o Philadelphia 76ers e Los Angeles Lakers, que, segundo a previsão geral, vão selecionar supostos futuros All-Stars: Ben Simmons e Brandon Ingram, respectivamente.

De acordo com Chris Haynes, repórter do Cleveland.com, Simmons já foi informado pelo Sixers de que será a primeira escolha da noite. Haynes  é bastante ligado aos cupinchas de LeBron James, entre eles o agente Rich Paul – o mesmo do prodígio australiano. Por algumas semanas, havia um certo suspense e a possibilidade de o time de Philly ir ao encontro de Ingram. Desde a mudança no comando do clube, com a chegada de Bryan Colangelo, as especulações todas voltaram a apontar para Simmons. Cá estamos.

E aí que o magrelo Ingram vai sobrar para o Lakers em segundo lugar, algo sobre o que a família Buss não pode reclamar de jeito nenhum. Não só o talentoso ala pode se tornar um desses talentos versáteis, cestinha e defensor, como o clube corria sério desse recrutamento de calouros sem nenhum dos dois. Só lembrarmos que, se escorregassem na lista geral, sua escolha seria endereçada também ao Sixers.

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No ano passado, boa parte dos especialistas e dos scouts da liga imaginava que a franquia angelina escolheria Jahlil Okafor como o segundo do Draft, e aí due D’Angelo Russell. Então nunca se sabe. Nas últimas semanas, Mitch Kupchak organizou testes com outros calouros bem cotados, como o ala-pivô Marquise Criss, o ala Buddy Hield e o pivô Skal Labissierre, entre outros. Qualquer uma dessas opções seria uma baita surpresa, porém. A ESPN também á crava que a escolha está definida.

De resto, o que vem por aí?

Brasileiros
Assim como no ano passado, não há candidatos oriundos do NBB ao Draft. Lembrando aquela regrinha básica: só se declaram disponíveis aqueles atletas considerados “underclassmen”, aqueles que não pertencem à classe de dos atletas que participam automaticamente do recrutamento. No caso, qualquer jogador estrangeiro que esteja completando 22 anos em 2016 e os universitários que estejam se graduando nesta temporada.

Deryk mostra serviço na Europa

Deryk mostra serviço na Europa

O pivô Wesley Sena havia sido o único brasileiro – e sul-americano – a se declarar para o Draft, para forçar sua entrada no radar da liga. O plano do agente Alexandre Bento, em parceria com Aylton Tesch, era levar o jogador para o adidas EuroCamp, realizado entre os dias 10 e 12 de junho, em Treviso, na Itália. A partir do momento que o Bauru estendeu as finais do NBB contra o Flamengo até o quinto e último jogo, porém, sua viagem ficou inviabilizada. Sem exposição nenhuma aos olheiros, que compareceram em menor número ao país nesta temporada, não fazia sentido, mesmo, seguir no processo.

Em Treviso, todavia, se apresentaram dois brasileiros da classe de 1994, a classe estrangeira automática: Deryk Ramos, armador que causou sensação pelo Brasília, e Danilo Siqueira, ala-armador que não deu um grande salto durante o campeonato, mas segue como um dos talentos mais promissores dessa geração. Outro atleta que tem sido investigado é o pivô Leonardo Demétrio, revelação do Mins Tênis, agora no Fuenlabrada, da Espanha, também dessa mesma fornada.

Deryk teve rendimento superior, ganhando menção honrosa dos organizadores do camp entre os destaques do evento, como o melhor defensor. Faz parte do estilo agressivo do armador, com a bola e em cima dela, botando pressão nos adversários. Nos testes atléticos, também foi bem, especialmente nas medições de velocidade e impulsão.

Mas o que os scouts acharam? Consultei cinco profissionais que estiveram na pequena cidade italiana para ver tudo de perto. O rescaldo é que a dupla não impressionou tanto assim, pelo menos não como prospectos de NBA no momento. Não foram realmente as respostas mais animadas da turma que representava clubes americanos por lá. Entre os três olheiros com quem conversei e que são dedicados exclusivamente a franquias da liga, todos da Conferência Oeste, apenas um se mostrou entusiasmado. “Ramos foi bem. Eu diria que ele ajudou sua cotação. Mas ambos são bons prospectos para a Europa”, disse.

É isso. O ginásio também estava cheio de olheiros de clubes europeus. Não impressionar a turma da principal liga do mundo não significa o fim do mundo. Até porque foram apenas três dias de exposição, e nenhuma carreira se define ou se resume em 72 horas. O EuroCamp serve apenas para atiçar a curiosidade desses observadores. “Ei, é só lembrar que a grande maioria dos caras que estavam lá não são endereçados para a NBA. Então isso é normal. Eles não estão entre os melhores prospectos do Draft. Mas se conseguirem alguma proposta da Espanha ou Itália, deveriam aceitar na hora”, afirmou um olheiro ao blog, que é mais dedicado ao mercado do Velho Continente. “Fuzaro não foi bem, não cuidou muito bem da bola e não encontrou sua função em quadra. Mas gostei de Ramos. Ele mostrou que pode ser uma encrenca em quadra, jogando bastante duro e chegando ao aro driblando”, completou.

Seria uma surpresa ver algum desses brasileiros selecionados. Mas já vimos coisas mais malucas acontecerem em um Draft, como o caso de Bruno Caboclo em 2014, que derrubou a transmissão da ESPN. Num episódio mais bizarro, lembremos sempre do congolês naturalizado catari Tanguy Ngombo, que foi selecionado pelo Wolves no 57º lugar de 2011, um posto depois do inesquecível Chukwudiebere Maduabum, o “Chu Chu”. Acontece que o ala estava registrado como Targuy Ngombo, com idade considerada suspeita. Em vez de 22 anos, ele o ala teria 27 (!) anos e nem poderia mais ser participar do processo. E quer saber do que mais? O número 60 naquele ano foi Isaiah Thomas. E 59º, saiu o húngaro Adam Hanga, que se transformou num dos melhores defensores de perímetro na elite europeia. Saca? É essa loucura toda.

O Draft é complexo, envolve muitos interesses para além da composição de um elenco. Deryk, Danilo e Leonardo são representados, internacionalmente, por grandes agências. Então nunca se sabe. A segunda rodada está aí para ser preenchida, embora a concorrência entre os estrangeiros seja particularmente acirrada (mais sobre isso alguns tópicos abaixo).

*   *   *

Enquanto retornava de Treviso para São Paulo para se reintegrar à seleção brasileira que se prepara para o Sul-Americano, Deryk, que está sem contrato no momento, encontrou tempo para responder algumas perguntas do blog. Como sempre, o jovem de 22 anos mostra muita personalidade, com otimismo e confiança. Características tão como ou mais importantes que seu arremesso e rapidez para o futuro:

21: O que você achou do nível de competição no geral e em sua posição? O que deu para aprender por lá?
Deryk: O nivel do Eurocamp estava muito bom, tinha muitos jogadores com grande futuro. Na armação não era diferente. Realmente foi uma experiência muito proveitosa. É sempre bom você analisar o nível em que está, ter desafios novos, jogar com e contra jogadores que nunca viu na vida. Isso te faz amadurecer, evoluir. Sem contar a presença de muitos técnicos de times da NBA: vivenciar e ser comandado por eles é algo muito motivador.

O que você acha que conseguiu mostrar de melhor do seu jogo e o que acha que poderia ter saído melhor?
Fui lá com o objetivo de imprimir meu jogo. Não iria forçar uma situação com a qual não estou acostumado, nem querer mostrar algo que não tenho. Acho que essa é a melhor forma pra se aproveitar essas experiências! Com o passar do tempo, jogar de pick com o pivô e laterais em alguma situação passou a ser meu forte, e lá consegui imprimir bem esse tipo de jogada e colocar meus companheiros numa boa posição de ataque, além de estar envolvendo todos eles, que é o principal papel de um armador. Também é muito importante imprimir um ritmo forte na defesa. Sobre melhorar, sempre busco muito isso, me cobro muito sobre qual seria a melhor escolha, melhor opção ofensiva em cada momento do jogo, além de alguns turnovers. Sou sempre muito critico nesses aspectos.

O quão difícil é chegar por lá e jogar com é contra muitos jovens atletas que estava vendo pela primeira vez?
Realmente isso não é algo muito comum, e  no começo acaba tendo alguns desentendimentos dentro do jogo, pela falta de entrosamento, o que eh natural. Mas, apesar disso, acho que a adaptação minha foi bem rápida. Por se tratar de basquete – é sempre um só –, e por estar do lado de vários jogadores bons, tanto em quadra como pessoas, fica mais prazeroso e fácil.

Para a próxima temporada, planos definidos?  Segue em Brasília ou pensa em tentar um contrato já fora do Brasil?
Não tenho nada definido. Realmente procuro deixar as coisas acontecerem. Sobre Brasília, estamos em negociação. Agora, não tenho duvida nenhuma que meu sonho é jogar fora do Brasil, mas vou deixar as coisas fluírem naturalmente.

Tudo embolado

Bender tem tudo para liderar a Croácia a pódios no mundo Fiba

Bender tem tudo para liderar a Croácia a pódios no mundo Fiba. Um dos gringos bem cotados, mas sem ser unanimidade

A frase do momento é a seguinte: o Draft começa a partir do terceiro lugar, com o Boston Celtics, considerando que Simmons e Ingram já estão garantidos como os dois primeiros. Aí, rapaziada, está praticamente impossível de prever qual será o desenvolvimento desse recrutamento. O Celtics estaria interessado em cinco candidatos. Mas a prioridade de Danny Ainge, na real, é montar um pacote em torno desse terceiro posto para tentar uma troca por um veterano que possa chegar a Boston para fazer a diferença de imediato. Phoenix Suns, Sacramento Kings, Denver Nuggets e outros clubes também estariam interessados em sair da loteria do Draft, também de olho em jogadores preparados.

Fora a possibilidade de trocas, outro fator deixa o processo mais nebuloso: os principais prospectos não conseguem se distanciar entre si. Há um segundo pelotão totalmente abarrotado, por exemplo, com os armadores Kris Dunn e Jamal Murray, os alas Buddy Hield e Jaylen Brown e os alas-pivôs Dragan Bender e Marquese Chriss. O mesmo empastelamento continua por toda a primeira rodada. Na verdade, há quem diga que um atleta selecionado em 42º pode ter o mesmo nível daquele em 20º. Isso faz os times com escolhas tardia sorrirem (alô, San Antonio, Golden State…), mas também deixa os times do top 20, 25 mais susceptíveis a buscarem trocas também.

Legião estrangeira
Os gringos contra-atacam! Menosprezados por anos e anos, os prospectos internacionais voltam a chamar a atenção dos scouts, apoiados por uma safra bastante frágil local e também pelo impacto que Kristaps Porzingis causou em Nova York. Segundo a projeção do DraftExpress desta quarta de manhã, 14 atletas de clubes europeus estariam entre os 60 selecionados, com destaque para Bender, que, na minha modesta opinião, deveria ser selecionado pelo Celtics ou pelo Suns em terceiro ou quarto. Se você contar os jogadores estrangeiros que estiveram em ação pela NCAA, vai passar dos 25 nomes, incluindo o australiano Simmons e o canadense Murray, que enfrentou a seleção brasileira na final do Pan 2015.

Acúmulo de riquezas
Vocês já sabem: o Boston Celtics tem oito escolhas neste Draft, sendo cinco na segunda rodada. O Philadelphia 76ers também tem três escolhas na primeira fase, assim como o Denver Nuggets, que tem cinco no total, e o Phoenix Suns, que tem quatro. Juntos, esse quarteto concentram 20 postos, ou 1/3 de todo o recrutamento. aja WhatsApp, Skype e afins para dar conta de tanta conversa.

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De Colangelo a Caboclo, quem levou a melhor na loteria do Draft da NBA?
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Giancarlo Giampietro

Dessa vez não teve surpresa. O Minnesota Timberwolves não pôde reunir as últimas três primeiras escolhas do Draft. Chega, né? E dessa vez o Cleveland Cavaliers nem estava por ali para roubar a cena também. Para os dois, chega, né? Tá bom, já deu. Na verdade, sabe o que aconteceu? A ordem do top 3 do Draft da NBA deste ano seguiu precisamente a das piores campanhas da temporada regular, com Philadelphia 76ers em primeiro, Los Angeles Lakers em segundo e Boston Celtics em terceiro, num ato de cortesia do Brooklyn Nets. Foi o resultado mais provável de todos, com uma chance de… 1,9%!

Para quem ficou sem conexão na Sibéria, aqui estão:

nba-draft-lottery-results-2016

Se quiser ver a ordem completa, clique aqui.

O sorteio da loteria da NBA é um dos eventos mais absurdos que você vai encontrar no mundo esportivo. São mais de 14 torcidas envolvidas — pensando em clubes que tenham trocado suas escolhas –, botando fé num sorteio que acaba recompensando, em geral, a incompetência, ou premiando quem sabe se aproveitar dos deslizes dos concorrentes. E, tá certo que, para alguns times, também poderia ser um remédio contra o azar, para indesejadas lesões e tal, como aconteceu com o New Orleans Pelicans. Ao mesmo tempo, é muito divertido. Já que são 1.001 combinações possíveis de sorteio, podendo influenciar realmente o destino de uma franquia.

O clima é tanto de final de campeonato para os clubes ali representados, que é só ver, no vídeo abaixo, o nível de nervosismo de Brett Brown, o técnico-mártir do Philadelphia 76ers, Mitch Kupchak, o quase eterno gerente geral do Lakers, e Isaiah Thomas, a formiguinha atômica do Celtics. Eles mal conseguiram sorrir, mesmo que o pior já tivesse passado para dois deles — Sixers e Lakers. Thomas depois disse que se sentiu tão nervoso quanto no dia em que foi draftado, em 2011:

Neste momento, os três tradicionalíssimos clubes já sabiam que dividiram as três primeiras escolhas do recrutamento. Mas havia um segundo filtro aqui, segundo a opinião da vasta maioria dos olheiros da liga: ficar entre os dois primeiros, para ter a chance de selecionar os alas Ben Simmons e Brandon Ingram, considerados os dois grandes prospectos do ano, alguns degraus acima dos demais candidatos, como apostas, hã, certeiras de “franchise players”.

Mas é claro que ninguém pode trabalhar com certezas absolutas neste ramo. O que se pode constatar apenas é um consenso. Cada dirigente, treinador e olheiro tem sua opinião, mas eles não deixam de ser influenciados pelas opiniões que circulam por aí. E erros de avaliação acontecem aos montes. Há casos de escolhas altíssimas que não dão em nada, por lesões (Greg Oden) ou não (Wesley Johnson, Michael Beasley, entre tantos. E há também diversos jogadores subestimados demais por esse senso comum. Basta lembrar o próprio episódio de Isaiah Thomas. O tampinha, hoje um All-Star, foi selecionado apenas na última posição há cinco anos. Se não é um talento salvador como Anthony Davis ou Karl-Anthony Towns, joga o suficiente para influenciar muito positivamente o nível de um time. E cada equipe tem suas necessidades.

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Neste ano, segundo Jonathan Givony, chapa que chefia o DraftExpress, principal referência no assunto, há uma grande massa cinzenta em torno dos candidatos deste ano. “Há muito pouco de consenso entre os times sobre quais são os melhores jogadores, especialmente quando passamos de um grupo de cerca de 15 atletas pensados para a loteria. O que é especialmente difícil é que vários jogadores são descritos prospectos legítimos por alguns times e o exato oposto por outros. Você pode perguntar para os 30 clubes da liga sobre um mesmo jogador e receber 30 opiniões diferentes, com um alcance que varia demais”, afirmou. Quer dizer: a vida dos especialistas que tentam projetar o recrutamento dos novatos não será nada fácil. Boa sorte a eles.

O que a gente sabe, hoje: dificilmente algum atleta vai desbancar Simmons e Ingram das duas primeiras escolhas. A dúvida fica para quem sairá em primeiro, e acho que não vai ter furo de Marc Stein ou Adrian Wojnarowski que solucione este impasse antes do dia 23 de junho. Se o Sixers ou o Lakers vão aceitar trocar essas escolhas? Duvido muito. A não ser que astros do porte de Blake Griffin e Carmelo Anthony entrem na conversa, não teria por que seus diretores ouvirem muitas propostas. A não ser que não sejam fãs de nenhum desses promissores alas. Improvável.

Mas vamos lá. Ainda em meio a incertezas, quem saiu sorrindo da loteria? Quem saiu frustrado?

POR CIMA

A pose de Brown ao lado do número 2 da NBA, Mark Tatum, é de quem quase teve um treco

A pose de Brown ao lado do número 2 da NBA, Mark Tatum, é de quem quase teve um treco

Brett Brown: dos 321 técnicos de NBA registrados na base de dados do Basketball Reference, o ex-treinador da seleção australiana e ex-assistente de Gregg Popovich tem o pior aproveitamento, excluindo técnicos interinos ou aqueles que tenham trabalhado em apenas uma temporada como head coach, com escabrosos 19,1%. E não dá para julgar sua competência no cargo. Não quando o melhor armador com quem ele pôde trabalhar em Philadelphia até agora tenha sido Ish Smith. Depois de tantas derrotas, de tantas surras, se há alguém que merecia uma boa notícia nesta terça-feira, era Brown, que, segundo consta, é uma das pessoas de convívio mais agradável que você vai encontrar pela liga.

Bryan Colangelo: ele mal chegou e já vai colhendo os frutos do trabalho impopular e radical de Sam Hinkie. Enquanto vai fazendo alterações no departamento de basquete do Sixers, pode se preparar para fazer uma escolha difícil entre Simmons e Ingram. Difícil, mas é aquele tipo de problema que todo gerente geral gostaria de ter no dia 23 de junho.

Sam Hinkie: é, pois é. Pelo menos algum cantinho da alma do cara que foi meio que forçado a pedir demissão deve estar sorrindo. Mas, mesmo que seja para se autoenganar, pode dizer para os mais chegados que, no final, o plano dele seria agraciado pela sorte. Além disso, pode gravar o clipezinho abaixo e entregá-lo para seu agente. Em Philly, ainda há uma forte crença n’O Processo:

Lakers: Mitch Kupchak mal deve ter dormido de segunda para terça-feira. Estava obrigado a dar a cara a tapa na loteria e poderia ser humilhado caso o clube californiano não ficasse entre os três primeiros do Draft (as chances estavam na casa de 45%). Se acontecesse, seria obrigado a conceder sua escolha para o Philadelphia 76ers.  Agora, está numa posição confortável: receber quem quer que sobre entre Simmons e Ingram. A outra certeza que tinha: “Não quero estar aqui no ano que vem”. Sabe por quê? Porque o time será submetido ao mesmo drama, caso não chegue aos playoffs, com Philly à espera. O cartola tem de pensar positivamente, mesmo, mas, para escapar da loteria, o Lakers teria de vencer cerca de 30 jogos a mais na temporada 2016-17. Complicado, mesmo que seu badalado calouro já produza como estrela no primeiro ano, algo também que não se pode cobrar.

Celtics: não, o Boston não conseguiu entrar no top 2. Por outro lado, não foi ultrapassado por ninguém na ordem, e a probabilidade para que isso acontecesse era maior que 50%. Além do mais, para um time que venceu 48 partidas, nem deveria estar aqui. Tudo o que viesse seria lucro, graças à negociação com o Brooklyn Nets envolvendo Paul Pierce e Kevin Garnett.

Bruno Caboclo: para o Toronto Raptors, vale o mesmo raciocínio do Boston Celtics. Na noite em que abriu a disputa das finais do Leste (tomando uma pancada do Cavs, é verdade), o clube canadense também tinha uma pequena chance, de 9,2%, de conseguir o direito de selecionar Ingram ou Simmons. Este foi o legado deixado por Andrea Bargnani em sua troca para o New York Knicks. Não aconteceu, e o caçula brasileiro da NBA agradece. A chegada de Simmons ou Ingram seria um tremendo empecilho para seu aproveitamento e desenvolvimento no Canadá.

POR BAIXO

Simmons e D'Angelo Russell campeões pelo Lakers? Talvez no futuro, assim como pela Montverde Academy

Simmons e D’Angelo Russell campeões pelo Lakers? Talvez no futuro, assim como pela Montverde Academy

– Sam Hinkie: bem… Ele entra aqui também, e, se fosse para evitar a brincadeira, só teria lugar nesta lista. Seu plano de entrega-entrega, enfim, gerou sorte no Draft. Mas são os Colangelos que vão desfrutar.

Ben Simmons:  o cenário ideal para o prodígio australiano era que o Lakers tivesse a primeira escolha. Pois os rumores do momento indicam que o ala de 20 anos e seu agente, Rich Paul (o comparsa de LeBron) têm apenas o clube angelino na mira para este Draft. Entre outros motivos, como a badalação de L.A. e o peso da camisa, o que talvez seja mais importante é que este casamento poderia valer milhões em um contrato com as gigantes dos calçados. Com o Lakers em segundo, isso ainda pode acontecer, claro. Mas Simmons, badalado há muito tempo, perderia o status de número um do Draft. Então já ficam as dúvidas: estariam dispostos, jogador e agente, a boicotar o Sixers e se recusar a fazer entrevista e exames? Teriam coragem para peitar uma figura tão proeminente como Jerry Colangelo? (Talvez não seja necessário, já que Ingram, em tese, combina melhor com o atual elenco de Philly, oferecendo muito mais capacidade como arremessador.)

– A juventude de Boston: sem poder alcançar Simmons ou Ingram, cresce a possibilidade de que Danny Ainge vá tentar trocar sua escolha. Mas é pouco provável que ela, sozinha, renda ao time um jogador veterano que possa fazer a diferença para a equipe de Brad Stevens. Então o que se deduz é que o gerente geral vá tentar montar um pacote em torno desta seleção com alguns outros trunfos de Draft e, sim, alguns jogadores para tentar um superastro. Então é de se esperar que a rapaziada fique inquieta até o final de junho. Se for para manter o terceiro lugar, Ainge afirmou que a ideia é escolher o melhor jogador disponível. Segundo os scouts, as opções seriam o croata Dragan Bender, ala-pivô que enche os olhos, mas é o atleta mais jovem do Draft, os armadores Kris Dunn e Jamal Murray e o ala Buddy Hield. O histórico do Boston não é tão profundo assim com jogadores europeus. Por outro lado, com Marcus Smart, Isaiah Thomas, Avery Bradley, Terry Rozier e RJ Hunter no elenco, haveria espaço para mais um ‘guard’?

– James Dolan: o bilionário dono do Knicks deve ter mentido para todo mundo, dizendo que ia se retirar para seus aposentos para tocar guitarra quando, na real, estava acompanhando o Draft pela TV, só para saber se as trapalhadas que ele autoriza (e muitas vezes força!) renderia algo de positivo a quem estava do outro lado do telefone, tal como nos desastrados tempos de Isiah Thomas. Para lembrar: a escolha do time foi endereçada ao Toronto Raptors em troca por Andreeeea Bargnani. O engraçado disso? É que, quando percebeu que seu clube havia sido surrupiado por Masai Ujiri, ele proibiu que seus dirigentes fechassem uma nova transação com o Raptors no ano seguinte, quando o nigeriano estava pedindo mais uma escolha futura de Draft para poder ceder Kyle Lowry, um legítimo All-Star.

– Sean Marks: quando aceitou o cargo, o novo gerente geral do Brooklyn Nets já sabia que não haveria o que fazer quanto a sua escolha de Draft deste ano. Com o Boston Cetics ficando em terceiro, o neozelandês ao menos não tem de conviver com a ideia de que Simmons e Ingram poderiam ser alicerces na reconstrução do time. Mas, que deve doer, deve. Dragan Bender seria um ótimo projeto de longo prazo para a franquia.

– Wizards e Markieff Morris: caso tivesse saltado para o Top 3, o time da capital poderia manter sua escolha. Era difícil de acontecer, e, ao ficar no número 13, teve de cedê-la ao Phoenix Suns. É bom que o ala-pivô bote a cabeça no lugar e ajude John Wall numa campanha de reação do Wizards. Ou isso, ou ele e o gerente geral Ernie Grunfeld vão ter de secar seja lá qual for o calouro que Ryan McDonough selecionar aqui.

TROLLER GERAL

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Dikembe Mutombo causou nesta terça. No tweet acima, quatro horas antes do sorteio em Nova York, o ex-pivô do Philadelphia resolveu ir ao Twitter para parabenizar o clube pela vitória na loteria. Imagine a barulheira feita pelos torcedores do Sixers, comemorando — e dos demais envolvidos com o evento, reclamando e acusando a liga de manipular os resultados. Desde que, em 1985, o New York Knicks venceu a primeira loteria promovida pela NBA, ganhando o direito de escolher Patrick Ewing, as teorias da conspiração em torno desse processo. Mutombo só atirou gasolina nas mãos dos chutadores de três pontos do Cavs destes playoffs: virou um fogaréu que só. Quando questionado sobre o significado de seu tweet, o pivô disse que havia se confundido com as regras do Draft, ao ver que seu antigo clube tinha as maiores chances de chegar ao primeiro lugar. Apagou o tweet e garantiu não ter dom premonitório nenhum. A pergunta que fica agora é a seguinte: quem acredita? : )

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Celtics está fora. Mas tem cenário otimista para voltar a lutar pelo Leste
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Giancarlo Giampietro

Brad Stevens ainda não sabe qual equipe terá em mãos em 2017. Mas é uma boa incerteza

Brad Stevens ainda não sabe qual equipe terá em mãos em 2017. Mas é uma boa incerteza

De todos os times que poderiam se despedir dos playoffs do Leste logo pela primeira rodada, o Boston Celtics é o que teria uma saída mais confortável. Ninguém gosta de perder. Isaiah Thomas estava com os olhos marejados no vestiário da equipe após a dura derrota sofrida contra o Atlanta Hawks nesta quinta-feira, para definir o segundo classificado às semifinais da conferência, para enfrentar o Cavs. Brad Stevens certamente esperava estender a bela série que fizeram contra o Hawks para um Jogo 7 em Atlanta. Com cara de bom moço, sempre calmo na lateral da quadra, o técnico é na verdade mais uma dessas figuras supercompetitivas, que não lida muito bem com as derrotas. Ainda assim, ele se sentiu obrigado a dizer como essa eliminação estava bem longe de significar o fim do mundo.

“É difícil pensar nisso agora por causa da emoção do momento e por termos perdido do modo como perdemos estes últimos dois jogos, mas acho que, olhando a longo prazo, tendo isso em mente, me sinto bem sobre nosso progresso. E também temos ótimas oportunidades para seguir adiante com nossa flexibilidade”, afirmou.

Esse termo já apareceu em diversos artigos aqui no blog: fle-xi-bi-li-da-de. É a palavrinha-chave para a gestão moderna da NBA, enquanto as atuais regras trabalhistas vigentes, de contratos mais curtos firmados nos últimos anos e que se tornarão bem baratos quando confrontados com os acordos que estão prestes a serem assinados em julho, quando o teto salarial será elevado consideravelmente.

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É difícil vasculhar a liga e encontrar uma situação mais promissora que a do Celtics, num trabalho impecável de Danny Ainge. O chefão do departamento de basquete do clube conseguiu conduzir um trabalho de reformulação após a era Pierce-Garnett sem chafurdar como um Philadelphia 76ers. Foi um ano de mergulho, no primeiro ano de Brad Stevens, carregando um Gerald Wallace. Nas últimas duas temporadas, já voltaram aos playoffs. Com o brinde: o direito de projetar uma escolha alta no próximo Draft justamente por causa da troca de PP e KG ao Brooklyn Nets, sem proteção alguma.

Okafor já foi especulado como alvo de Ainge. É mais promissor que Smart? Mesmo vencendo, Celtics se reconstruiu com muito mais rapidez que o Sixers

Okafor já foi especulado como alvo. Mais promissor que Smart? Mesmo vencendo, Celtics se remontou com muito mais rapidez

Hoje, voltando a cabeça exclusivamente para o recrutamento de novatos, com o time nova-iorquino tendo terminado com a terceira pior campanha, o Celtics tem 15,6% de chances de ganhar a primeira posição. Na pior das hipóteses, fica em sexto. O Philadelphia 76ersm que escapou novamente por pouco de registrar a pior campanha da história, tem 25%. Quase 10% a mais, algo significativo, mas qual caminho você preferiria: vencer dez jogos e ter 25% de chances para a escolha número um, ou ganhar 48 jogos e ter 15,6%? Para ser justo, quando Sam Hinkie assumiu o Sixers, ele não tinha veteranos do gabarito de Garnett e Pierce para seduzir e surrupiar um time desesperado por luzes, com o Brooklyn Nets. Tá certo. Mas que o Celtics tenha conseguido aproveitá-los desta forma e já veja o Boston beirando a marca de 50 vitórias, diz muito sobre a visão de Ainge. Não é sorte isso.

Hoje, o cartola olha para o seu elenco, anota o que tem de salários garantidos para a próxima temporada e todos os trunfos em termos de Draft que tem em mãos e sabe que tem diversas trilhas para seguir daqui para a frente. É incrível até:

1) se o teto salarial for de US$ 90 milhões, o Boston vai ter um mínimo de US$ 23,7 milhões para investir em agentes livres. Se decidir renunciar aos direitos de Amir Johnson, Jonas Jerebeko e Tyler Zeller, pode chegar a US$ 49,4 milhões, permitindo a contratação, por exemplo, de dois salários máximos para atletas de até seis anos de experiência, sobrando um troco, ou um contrato máximo para alguém de sete a nove anos (Kevin Durant, por exemplo) e mais US$ 24 milhões para propor a um alvo ou diversos alvos.

(Quer saber a situação de seu time? Vale checar o estudo de Eric Pincus, do Basketball Insiders, referência no assunto.)

Thomas, Jae Crowder, Marcus Smart, Avery Bradley, Kelly Olynyk, Terry Rozier, ames Young, RJ Hunter e Jordan Mickey são os atletas com salário garantido. O detalhe: Thomas, Crowder e Bradley vão ganhar, juntos, pouco mais de US$ 20 milhões. Na economia da NBA, isso é mixaria, especialmente para três veteranos tão produtivos. Para comparar, David Lee, sozinho, embolsou US$ 15 milhões do time.

Amir Johnson e Jonas Jerebko, contratados no ano passado, têm cláusulas que Ainge pode ativar, ou, não valendo US$ 12 milhões e US$ 5 milhões, respectivamente. Zeller e Sullinger dão agentes livres restritos. Evan Turner estará disponível, tendo se valorizado nesta campanha, e não estranhe se receber oferta de Phil Jackson.

Thomas vai receber ajuda de alto nível, cedo ou tarde

Thomas vai receber ajuda de alto nível, cedo ou tarde

2) em termos de Draft, chega a ser ridículo: só neste ano, o Celtics tem três escolhas de primeira rodada e cinco (!?) de segunda. São oito no total. Uma das escolhas de segunda, na real, vale como uma de primeira, por ser a 31a.

A mais valiosa é a do Nets. Além disso, o time tem a do Dallas (número 16! Numa cortesia de Rajon Rondo) e sua própria (número 23). Obviamente, não há espaço para oito novos calouros na equipe. No mínimo, Ainge vai escolher diversos atletas que não façam questão de jogar na liga de imediato, os chamados stash picks. Gringos ou universitários que topem jogar na D-League, na Europa, na Austrália (como o ala-armador Marcus Thornton neste ano) ou em qualquer lugar. O mais provável, porém, é que ele faça pacotes. Que acumule escolhas e tente subir no Draft a partir de uma posição mais avantajada. Por exemplo: três escolhas de segunda e a 16a. pela 10a. Coisa do tipo. Ou trocar por escolhas futuras também.

A cesta, de todo modo, não vai ficar vazia após 23 de junho, data do recrutamento. Em 2017, o clube tem o dirigente de trocar sua escolha com a do Brooklyn e possui mais três escolhas extra de segunda rodada. Em 2018, nova escolha do Brooklyn. Em 2019, tem uma escolha de primeira do Memphis (valeu, Jeff Green). É muita munição: todas essas seleções podem ser envolvidas em negociações.

Com tudo isso na mesa — imagine um jogador de poker que até some atrás de seu monte de fichas –, Ainge certamente vai ser agressivo, mas podendo agir com paciência. Como tem feito. Dependendo do que acontecer com Cleveland nestes mata-matas, voltará à carga por Kevin Love. Outros nomes aos quais o clube já foi vinculado: Boogie Cousins e Jimmy Butler. E será que Blake Griffin vai estar disponível? Carmelo Anthony toparia? Por aí vai.

Danny Ainge: conjugando agressividade e paciência ao mesmo tempo

Danny Ainge: conjugando agressividade e paciência ao mesmo tempo

A opinião geral da NBA é de que, para o Celtics conseguir uma superestrela, uma troca seria a via mais provável. Historicamente, seja pelo clima frio ou, infelizmente, por questões raciais da cidade (válidas ou não), a franquia não tem muito sucesso na contratação de agentes livres. Dominique Wilkins topou uma oferta em 1994, mas já aos 35  e ficou apenas uma temporada por lá. No ano passado, Amir Johnson foi o grande prêmio. O prestígio crescente de Stevens e a competitividade da equipe seriam fatores para ajudar nessa empreitada.

Mas aí voltamos à flexibilidade. Ainge pode tentar de tudo em trocas, com jogadores valiosos e baratos e múltiplas possibilidades de Draft, com um escritório de excelente aproveitamento no assunto. Ao mesmo tempo, tem espaço salarial para insistir em reforços de mercado. Não precisa se precipitar.

O cenário ideal seria receber uma das duas primeiras escolhas deste ano, aguardando a loteria do dia 17 de maio. Isso valeria um dos pródigos mais elogiados pelos scouts: os alas Ben Simmons ou Brandon Ingram. Qualquer um dos dois seria sensacional para Stevens: Simmons poderia ser o armador do time, ou no mínimo aliviar a pressão em cima de Thomas. Dá para imaginar facilmente um quarteto com Thomas, Smart/Bradley, Crowder e Simmons correndo pela quadra. Já Ingram ofereceria aquilo que é uma carência: arremesso de fora e a capacidade para criar suas próprias situações de pontuação.

Ou isso, ou seriam moedas de troca muito atraentes. Entre os oito times do Leste classificados para os playoffs neste ano, o Celtics tem o segundo elenco mais jovem, ficando acima apenas do Pistons. Vale adicionar mais um garoto à rotação?  Ou é melhor buscar veteranos? O objetivo é voltar à briga pelo topo da conferência, algo que não acontece desde aquela grande série contra o Miami em 2012, quando chegaram a abrir 3-2. O último título do Leste, para lembrar, saiu só em 2010. Claro que seus fanáticos torcedores e Ainge estão cientes disso. Chega uma hora que esses trunfos futuros têm de ser traduzidos em realidade, em algo concreto. Parece que chegou a hora de capitalizar, mas nem sempre é tão fácil assim. No ano passado, por mais que tenha tentado, o clube não viu cenário algum que lhe favorecesse.

Simmons cairia como uma luva no sistema de Stevens, acelerando e passando

Simmons cairia como uma luva no sistema de Stevens, acelerando e passando

“Amo o que Boston tem feito na sua reconstrução: acumular ativos que podem um dia gerar um ‘home-run’, enquanto, simultaneamente, construíram uma equipe competitiva, disciplinada. Eles têm um dos baús de tesouro mãos ricos da liga para investir (qualquer combinação de escolhas de Draft e bons jogadores jovens com contratos amigáveis)”, disse Amin Elhassan, analista do ESPN.com e ex-dirigente do Phoenix Suns. “Mas é aí que reside a piada cruel da NBA: todos esses ativos não significam nada se você não pode comvertê-los em um negócio valha a pena. Então, basicamente o Celtics tem duas possíveis armadilhas para contornar: fechar uma troca por um jogador que não necessariamente vá fazer o programa avançar, ou não fechar nada, ficar estagnado e ver o valor desses ativos eventualmente cair. Recomendo uma atuação agressiva, que assuma riscos quando apropriado, mas o presidente Ainge tem de fazer seus ativos valer.”

Ainge é daqueles cartolas que sabendo manipular a mídia como bem entende, para plantar informações, mandar recados e tal. Só não abre o jogo ao falar sobre seus principais alvos e intenções. Ninguém sabe se ele prefere um dos calouros top ou uma jovem estrela. O fato se ter passado por julho e, agora, em fevereiro sem fechar grandes negócios indica que ele tem sido exigente em suas investidas. Nesse sentido, a evolução apresentada neste ano lhe dá mais segurança, amparo, esperando o negócio certo. Boa parte da liga adoraria estar nessa posição. Pensando longe, talvez até mesmo o Atlanta Hawks, que acabou de passar à semi do Leste.

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