Vinte Um

Arquivo : Dwight Howard

Na tabela 2013-2014 da NBA, os jogos (alternativos) que você talvez queira ver
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Giancarlo Giampietro

Com olançamento sempre adiantadíssimo de tabela, agora da temporada 2013-2014, a NBA já reservou em seu calendário – sem nem consultá-los, vejam só! – algumas noites ou madrugadas de suas vidas. E nem feriado eles respeitam, caramba.

Já é hora, então, de sentar com o noivo, avisar a namorada, checar se não é o dia da apresentação do filho, e que a universidade não tenha marcado nenhuma prova para essas datas: Kobe x Dwight, retorno de Pierce e Garnett com Boston, o Bulls abrindo a temporada contra os amáveis irmãos de Miami, Kobe x Dwight, as tradicionais visitas de LeBron ao povoado de Cleveland, Nets x Knicks, revanche Heat x Spurs, Kobe x Dwight etc. etc. etc. Não precisa nem falar mais nada a respeito.

Mas, moçada, preparem-se. Que não ficaria só com isso, claro. A liga tem muito mais o que oferecer para ocupar seu tempo de outubro a junho. Muito mais. Colocando a caixola para funcionar um pouco – acreditem, de vez em quando isso acontece –, dá para pescar mais alguns jogos alternativos que talvez você esteja interessado em assistir, embora não haja nenhuma garantia de que eles vão ocupar as manchetes ou a conversa de bar – porque basqueteiro também pode falar disso no bar,  sem passar vergonha. Pode, né?

Hora de rabiscar novamente a agenda, pessoal. Mexam-se:

– 1º de novembro de 2013: Miami Heat x Brooklyn Nets
Depois de encarar o Bulls na noite de abertura, de descansar um pouco diante do Sixers, lá vem o Nets para cima dos atuais campeões logo em sequência. Essa turma de David Stern não toma jeito. Querem colocar fogo em tudo. Bem, obviamente esse jogo não é tão alternativo assim, considerando as altíssimas expectativas em torno dos rublos do Nets. Mas há uma historieta aqui para ser acompanhada em meio ao caos: será que Kevin Garnett, agora que não se veste mais de verde e branco, vai aceitar cumprimentar Ray Allen? Quem se lembra aí de quando o maníaco pivô se recusou a falar com o ex-compadre no primeiro jogo entre eles desde que o chutador partiu para Miami? Vai ser bizarro para os dois e Paul Pierce, certamente. Assim como a nova dupla de Brooklyn quando chegar a hora de enfrentar o Los Angeles Clippers de Doc Rivers em 16 de novembro.

No hard feelings? KG x Allen

E o KG nem aí para esse tal de Ray Allen ao chegar a Miami

1º de novembro de 2013:  Houston Rockets x Dallas Mavericks
Sim, uma noite daquelas! Mas sem essa de “clássico texano”. O que vale aqui é o estado psicológico de Dirk Nowitzki e o tamanho de sua barba. Contra o Rockets, o alemão vai poder se perder no tempo, divagando no vestiário sobre como poderiam ser as coisas caso o plano audacioso de Mark Cuban tivesse funcionado: implodir um time campeão para sonhar com jovens astros ao lado de seu craque. Dois astros como Harden e Howard, sabe? Que o Houston Rockets roubou sem nem dar chance para o Mavs, que teve de se virar com um pacote Monta Ellis-Samuel Dalembert-José Calderón e mais cinco chapéus e três botas de vaqueiro para tentar fazer de Nowitzki um jogador feliz.

Hibbert x Gasol

E que tal um Hibbert x M. Gasol?

– 11 de novembro de 2013: Indiana Pacers x Memphis Grizzlies
Vimos nos playoffs: dois times que ainda fazem do jogo interior sua principal força, e daquele modo clássico (pelo menos que valeu entre as décadas de 70 e 90), alimentando seus pivôs, contando com sua habilidade e físico para minar os oponentes*. Então temos aqui David West x Zach Randolph e Roy Hibbert x Marc Gasol. Só faça figas para que eles não esmaguem o Mike Conley Jr. acidentalmente. Candidatos a título, são duas equipes que estão distante dos grandes mercados, mas merecem observação depois do que aprontaram em maio passado.  Não dá tempo de mudar. (*PS: com a troca de Lionel Hollins por Dave Joerger, o Grizzlies deve adotar algumas das diretrizes analíticas de John Hollinger, provavelmente buscando mais arremessos de três pontos, mas não creio que mudem taaaanto o tipo de basquete que construíram com sucesso nas últimas temporadas e, de toda forma, no dia 11 de novembro, talvez ainda esteja muito cedo para que as mudanças previstas sejam totalmente incorporadas pelos atletas.)

– 22 de dezembro de 2013: Indiana Pacers x Boston Celtics
O campos da universidade de Butler está situado no número 4.600 da Sunset avenue, em Indianápolis. De lá para o ginásio Bankers Life Fieldhouse leva 17 minutos de carro. Um pulo. Então pode esperar dezenas e dezenas de seguidores de Brad Stevens invadindo a arena, com o risco de torcerem para os forasteiros de Boston, em vez para o Pacers local, time candidato ao título. Sim, o novo técnico do Celtics é venerado pela “comunidade” de Indianápolis e esse jogo aqui pode ter clima de vigília. (E, sim, mais um jogo do Pacers: a expectativa do VinteUm é alta para os moços.)

– 28 de dezembro de 2013: Portland Trail Blazers x Miami Heat
Se tudo ocorrer conforme o esperado para Greg Oden, três dias depois do confronto com o Lakers no Natal, ele voltará a Portland já como um jogador ativo no elenco do Miami Heat, deixando o terno no vestiário, indo fardado para a quadra. Da última vez em que ele esteve no Rose Garden, foi como espectador, sem vínculo com clube algum, sendo vaiado e aplaudido, tudo moderadamente. E se, num goooolpe do destino, o jogador chega em forma, tinindo, tendo um papel importante nos atuais bicampeões? Imaginem o tanto de corações partidos e a escala de depressão que isso pode – vai? – gerar na chamada Rip City.

– 13 de março de 2014:  Atlanta Hawks x Milwaukee Bucks
O tão aguardado reencontro entre Zaza Pachulia com essa fanática torcida de Atlanta, que faz a Philipps Arena tremer a cada jogo do Hawks. Não dá nem para imaginar como eles vão se comportarem na hora de acolher de volta esse cracaço da Geórgia, ainda mais vestindo a camisa do poderoso Bucks de Larry Drew – justo quem! –, o ex-técnico do Hawks. E, para piorar as coisas, o Milwaukee ainda tentou roubar desses torcedores o armador Jeff Teague. Não vai ficar barato! (Brincadeira, brincadeira.) Na verdade, an 597otem aí o dia 20 de novembro, bem mais cedo no campeonato, que é quando Josh Smith jogará em Atlanta pela primeira vez com o uniforme do Detroit Pistons. Neste caso, os 597 torcedores do Hawks presentes no ginásio e que consigam fazer mais barulho que o sistema de som vão poder aloprar o ala sem remorso algum quando ele optar por aqueles chutes sem-noção de média distância, desequilibrado, com 17 segundos de posse de bola ainda para serem jogados.

Ron-Ron tem um novo amigo agora

Ron-Ron agora vai acompanhar Melo em Los Angeles

– 25 de março de 2014: Los Angeles Lakers x New York Knicks
Já foi final de NBA, Carmelo Anthony seria um possível alvo do Lakers no mercado de agentes livres ao final da temporada, Mike D’Antoni não guarda lembrança boa alguma de seus dias como técnico Knickerbocker. São muitas ocorrências. Mas a cidade de Los Angeles tem de se preparar mesmo é para o retorno de Ron Artest ao Staples Center. Na verdade, o ala já terá jogado na metrópole californiana em 27 de novembro, contra o Clippers, mas a aposta aqui é que apenas quando ele tiver o roxo e o amarelo pela frente que suas emoções vão balançar, mesmo. E um Ron-Ron emocionado pode qualquer coisa. Nesta mesma categoria, fiquem de olho no dia 21 de novembro para o reencontro de Nate Robinson, agora um Denver Nugget, com seus colegas do Bulls, a quem ele jurou amor pleno. Robinson também é uma caixinha de… Fogos de artifício, e não dá para saber o que sai daí. Ele volta a Chicago no dia 21 de fevereiro.

– 12 de abril de 2014: Charlotte Bobcats x Philadelphia 76ers
O Sixers lidera os palpites das casas de apostas a pior time da temporada. O time nem técnico tem hoje – o único nesta condição –, seu elenco tem uma série de refugos do Houston Rockets, eles vão jogar com um armador novato que não sabe arremessar e lá não há sequer um jogador que possa pensar em ser incluído na lista de candidatos ao All-Star Game. Desculpe, Thaddeus Young, nós amamos você, mas tem limite. E, Evan Turner, bem… Estamos falando talvez da última chance. Então, no quarto confronto entre essas duas equipes na temporada, Michael Jordan espera, desesperadamente, que o seu Bobcats esteja beeeeem distante do Sixers na classificação da Conferência Leste. Se não for em termos de posições, que aconteça pelo menos em número de vitórias. Do contrário, é de se pensar mesmo se, antes de o time voltar ao nome Hornets, não era o caso de fechar as portas.

– 16 de abril de 2014: Sacramento Kings x Phoenix Suns
Como!? Deu febre?!? Não, não, tá tudo bem. É que… no crepúsculo da temporada, essa partida tem tudo para ser uma daquelas em que ninguém vai querer ganhar. Embora os torcedores do Kings tenham esperanças renovada com um nova gestão controlando o clube, a concorrência no Oeste ainda é brutal o suficiente para que eles coloquem a barba de molho e não sonhem tanto com playoffs assim. Ou nem mesmo com uma campanha vitoriosa. Fica muito provável que esses dois times da Divisão do Pacífico estejam se enfrentando por uma posição melhor no Draft de Andrew Wiggins (e Julius Randle, Aaron Gordon, Jabari Parker, Dante Exum e outros candidatos a astro). Então a promessa é de muitos minutos e arremessos para os gêmeos Morris em Phoenix, DeMarcus Cousins mandando bala da linha de três pontos, defesas de férias e mais esculhambação.


A vingança de Kobe Bryant: não vai mais seguir Dwight Howard no Twitter
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Giancarlo Giampietro

No more Kobe, Dwight

Imaginem o Kobe Bryant num momento desses.

Deve estar espumando. Deve ter reduzido a carga de sono para 3 horas e meia. O restante ele tira na esteira.

A ponto de, não satisfeito por ele próprio ter deixado de seguir Dwight Howard no Twitter, convenceu (forçou? coagiu?) Pau Gasol a fazer o mesmo. : )

Se a partida de Dwight Howard para o Texas pode ter algum efeito positivo para o torcedor do Lakers, é a fomentação de suas fantasias sobre a legendária dedicação de Kobe aos treinamentos, a sua preparação e sua facilidade de encontrar qualquer motivo para se sentir o cara mais revoltado do planeta e descontar toda essa ira em quadra, na cabeça dos oponentes.

Aqui vai uma notinha já para vocês pensarem a respeito: em sua visita ao Brasil, Kobe trouxe na bagagem um punhado de camisetas e bermudas, o sundown, um par de sungas e… três ou quatro pessoas de seu estafe totalmente dedicadas a sua reabilitação. Ele não ficou nem uma semana por aqui nos trópicos, mas isso não era motivo para frear, em junho, seus trabalhos físicos. A dedicação era tanta que o estafe da Nike se maravilhava quando via o astro fazendo exercícios em pleno avião, se deslocando de São Paulo para Salvador, aonde viu a seleção brasileira golear a Itália.

Isso tudo antes de levar o fora de Howard.

Agora, então…

(Que o ala já tivesse toda a motivação do mundo para chocar a comunidade da medicina e voltar tinindo de uma lesão gravíssima que é a ruptura do tendão de Aquiles, tudo bem, a gente deixa quieto por ora. Melhor instigar, mesmo, o frenesi por Bryant, aproveitando ao máximo sua aura, enquanto ela ainda dura. E, além do mais, como ensinou o filme do homem que matou o fascínora, que se imprima a lenda!)

*  *  *

Nessa confusão toda, de feliz em Los Angeles temos Pau Gasol apenas. Sentindo-se destratado por dois anos sem parar, o espanhol, agente livre em 2014, agora sabe que a zona pintada é sua. Toda sua. Né, Jordan Hill? Agora não tem papo sobre troca, dispensa, nem nada. Se o Lakers quiser ser competitivo no próximo campeonato, só mesmo com o espanhol motivado, envolvido e em boa fase técnica. Será que D’Antoni, a fascite plantar e os joelhos vão deixar?

Quanto ao técnico, pode ser que, por De contratações pontuais, o Lakers tem ido atrás de jogadores que se encaixariam no sistema de D’Antoni. A escolha de Ryan Kelly já foi nessa direção. Chris Copeland era outro especulado – mas já é do Pacers. A boa notícia para Gasol: são dois alas-pivôs chutadores. Sem essa, então, de ver o barbudo jogando aberto o tempo todo.


Saída de Howard deixa caldeirão de Mike D’Antoni borbulhando em Los Angeles
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Giancarlo Giampietro

D'Antoni, LA Confidential

D’Antoni vai ter trabalho para colocar um Lakers coeso em quadra. Howard, o 12, caiu fora

É, Mike D’Antoni, e a gente pensando que 2012-2013 já havia sido complicado…

Com a saída de Dwight Howard rumo a Houston, o treinador que já dirigiu um dos times mais divertidos da história da NBA vai ter de ser bastante criativo se quiser voltar a sorrir – uma vez que seja – no próximo campeonato. Se ele já havia enfrentado enorme pressão nos últimos meses, a coisa pode ficar feia, mesmo, é a partir de agora.

Aliás, faz tempo que ele tem prazer de verdade na profissão.

Desde que viveu temporadas mágicas pelo Phoenix Suns em 2008, o técnico conseguiu apenas duas campanhas vitoriosas na liga. Vitoriosas no sentido de ter um aproveitamento superior a 50%, pelo menos. Em 2011, venceu 42 e perdeu 40 pelo Knicks (51,2%). Em 2013, venceu 40 e perdeu 32 pelo Lakers (55,6%).

Nash & D'Antoni

D’Antoni e o “jovem” Nash: será?

Dá para entender também: nos dois primeiros anos em Nova York, ele herdou um elenco que precisava ser fraturado e regenerado por Donnie Walsh, o homem incumbido de limpar toda a sujeirada que Isiah Thomas havia feito durante a década. O Knicks estava jogando, dolorosamente, para perder, mesmo. O objetivo era abrir espaço para a contratação de LeBron James e mais uma estrela em 2010. Acabou que chegou apenas Amar’e Stoudemire – que se reuniu com seu mentor do Phoenix Suns e ao menos conduziu o clube de volta aos playoffs.

Quanto ao Lakers? Bem, o aproveitamento esteve bem longe do esperado, a despeito de toda a turbulência que o clube enfrentou no último campeonato. Ainda assim, também se garantiram nos playoffs, mesmo que não tivessem chance alguma contra o Spurs sem Kobe, Nash e, glup!, Steve Blake, no fim.

Agora… Se as lesões certamente foram um fator decisivo em uma temporada que chacoalhou Los Angeles, boa parte do drama todo em volta de um elenco estelar que não teve liga alguma também foi causado pela incapacidade do treinador em controlar a situação. Ele simplesmente não teve personalidade para apaziguar os ânimos.

Só não dá para dizer que era tudo sua responsabilidade também. Com o afastamento e, depois, a triste morte de Jerry Buss, o KAkers foi tomado pela instabilidade. Seus filhos travavam uma guerra fria há anos pela sucessão, e essa disputa abalou consideravelmente a capacidade administrativa de Mitch Kupchak, que operou durante todo o ano sem um assistente e com um número reduzidíssimo de scouts, numa época em que a maioria dos concorrentes investiu mais e mais.

Também não foi D’Antoni quem telefonou para Phil Jackson e levou a negociação a público logo após a demissão de Mike Brown. A diretoria – Jim Buss, nêmesis de Jackson, e Kupchak, na verdade – atiçou uma das torcidas mais exigentes do esporte americano e, depois, decidiu inovar na contratação do substituto. Sobrou para quem?

O pior efeito deste flerte foi sobre Dwight Howard. Em suas primeiras entrevistas desde que escolheu o Rockets, o pivô, ao seu modo evasivo, expressou sua frustração com o treinador do Lakers. “Acho que tivemos nossos bons momentos, mas acho que seu estilo de jogo era um pouco diferente daquele ao qual estava acostumado”, disse – e isso que é de matar em Howard… Ele simplesmente não consegue ir direto ao ponto nunca. Depois, lamentou também o fato de não ter podido trabalhar com o Mestre Zen: “Bem, eu pedi para tê-lo como técnico no começo do ano”.

Para o torcedor do Lakers mais fanático, essa combinação de frases pode ser mortal quanto a D’Antoni – a não ser que este mesmo torcedor esteja puto o suficiente com o próprio pivô e todos seus caprichos, que possa dar um desconto ao técnico. De todo modo, bastará um início de campanha com acúmulo de derrotas para que o caldeirão borbulhe.

E como fazer para controlar isso e ter sucesso em quadra?

Ryan Kelly, inglês

Ryan Kelly é o único reforço até agora

Kobe Bryant ainda é uma incógnita. Voltar bem (mas bem mesmo, de acordo com seus padrões) de uma ruptura de tendão de Aquiles aos 35 anos seria algo inédito na NBA. Steve Nash? Completará 40 anos durante a temporada, um ano mais velho e um ano a mais distante dos curandeiros do Phoenix Suns. Pau Gasol? Mesmo que tenha reclamado horrores também de D’Antoni, seu maior problema foi mesmo o excesso de lesões – só disputou 49 partidas e, na verdade, nenhum jogador do time esteve em quadra por toda a temporada, cumprindo as 82 rodadas.

Entre os operários, Earl Clark, o mais atlético num plantel de jogadores enferrujados, saiu. Jordan Hill, outro que podia revigorar a equipe, mal parou em pé. Jodie Meeks esteve distante dos 40% na linha de três pontos (35,7%). Darius Morris, único novinho da turma, não foi desenvolvido. Draft? Chega apenas o ala-pivô Ryan Kelly, talentoso britânico de Duke – bom atirador de longa distância, bom passador –, mas que não defende quase nada.

Difícil.

Para o time poder prosperar, o técnico vai ter de fazer um dos melhores trabalhos de sua vida e, ao mesmo tempo, torcer para que algumas – ou todas? – questões tenham soluções positivas: 1) que Kobe desafie qualquer prognóstico e esteja pronto feito Kobe em novembro; 2) que Gasol possa ficar saudável (mesmo com mais responsabilidades sem Howard); 3) o mesmo vale para Nash; e 4) que a diretoria acerte nas contratações periféricas e parem se apaziguem nos bastidores.

Por outro lado, se dois desses quatro tópicos tiverem resposta negativa, independentemente de quais, aí pode ter certeza que, no Staples Center, haverá mais um a gritar por Phil Jackson: o próprio Mike D’Antoni.


Depois da eliminação, os desafios ainda não cessam para o Lakers. Podem piorar
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Giancarlo Giampietro

Por Rafael Uehara*

Fab Four do Lakers

Quarteto de resultados nem tão fantásticos do Lakers já pode ser desmontando

Quando o Lakers acertou as contratações de Steve Nash e Dwight Howard, a expectativa era a de que eles estavam de volta à briga pelo título, depois de duas eliminações devastadoras na mãos de Mavericks e Thunder em dois anos seguidos. E tinha bastante lógica por trás desse pensamento. Mesmo aos 38 anos de idade, Nash ainda era considerado o melhor armador com o qual Kobe Bryant já dividiria a quadra e Howard era o pivô perfeito para cobrir as deficiências defensivas daqueles a sua frente.

Porém, nada disso deu muito certo, e uma tumultuada temporada chegou ao fim neste último domingo, quando o Spurs o eliminou dos playoffs no primeiro round com uma varrida. Mais um encerramento decepcionante de campanha em Los Angeles, ficando no ar a necessidade de se encontrar um culpado, não?

Nem tanto.

Sou da opinião de que a culpa não é de ninguém. Se o Lakers tinha time suficiente para brigar com Miami, San Antonio e Oklahoma City, é difícil de saber. Mas que eles tinham o suficiente para fazer bem melhor se não pelas tantas lesões que em um momento ou outro tiraram peças fundamentais do time é certeza.

Tudo começou quando Howard voltou cedo demais da cirurgia que fez nas costas. Nos primeiros sete anos de sua carreira, Howard perdeu apenas sete jogos devido a lesões. Até metade do ano passado, tinha se provado um dos atletas mais duráveis da atualidade. Logo, não foi tão questionado quando regressou da operação a tempo para o início da temporada. Mas o atleta claramente não estava pronto. Sofreu para se manter confortável em quadra e não era capaz de elevar a defesa a níveis respeitáveis.

Além disso, Nash fraturou o pé na segunda partida da temporada. Não que Howard a meia velocidade e a ausência de Nash fosse impedir a diretoria de demitir Mike Brown depois de apenas cinco jogos. Em seguida, Pau Gasol começou a lidar com lesões na coxa e no pé, Steve Blake e Jordan Hill pararam bastante tempo com lesões sérias, Mike D’Antoni foi contratado dias depois de fazer cirurgia no joelho, e quando o objetivo dos playoffs começou a ser realista, Ron Artest machucou o joelho e Bryant sofreu lesão séria com a ruptura do tendão de Aquiles. Quando se para pra pensar, como o Jazz permitiu que esse time amaldiçoado passasse na sua frente?

 Com a temporada finalmente encerrada, o Lakers pode agora olhar para frente e pensar em como reestruturar essa equipe, o que não será tarefa fácil. Muitas decisões complicadas terão de ser tomadas, começando pela dúvida se franquia deveria oferecer uma extensão estratosférica para Howard. Não há o que pensar, na minha opinião. No fim do ano, o pivô pareceu bem, a caminho de recuperar sua forma dos tempos de Orlando. Com mais um verão para se recuperar totalmente, Howard deve voltar ao nível que estava antes da cirurgia. O Lakers teve um dos cinco melhores recordes depois da parada para o jogo das estrelas, e Howard teve participação direta nisso, se movimentando melhor a cada jogo que passou, elevando, enfim, a defesa a níveis minimamente decentes.

E, calma, que tem muito mais.

Decisões sobre Bryant e Gasol vêm logo em seguida. Pessoalmente não acho que haverá muito debate sobre Bryant. Ele é o símbolo da franquia pós-Magic Johnson. Lembrem-se também que o veterano é um maníaco que, dadas as mínimas condições, estará em quadra o mais rápido possível, pois tenta empatar Jordan em número de títulos ou passá-lo em pontos, o que torna possível um retorno às quadras em algum momento na próxima temporada.

Tecnicamente, a rescisão de seu contrato através da provisão de anistia deveria ser estudada. O Lakers já tem U$ 79,6 milhões na folha salarial para o ano que vem, isso sem contar o total designado a Howard. Como vimos neste ano – quando a folha salarial foi de U$ 99,8 milhões, o Lakers não veem problemas em pagar as multas que a liga cobra de times que gastam acima dos $70 milhões em salário. O problema é que, nesta próxima janela de verão, as restrições para times pagando o “imposto de luxo” (“luxury tax” no original) reestruturar o elenco serão mais pesadas. As chamadas “sign-and-trades” (quando um clube renova o contrato de um jogador apenas para envolvê-lo imediatamente em uma negociação) agora estão fora de questão e as trocas têm de ser exatamente dólar-por-dólar. Anistiando Bryant e apagando seus $30 milhões da folha proporcionaria a maior flexibilidade na remontagem do time. Mas Bryant é mais que um jogador, é um ícone e dificilmente essa opção será estudada seriamente, mesmo que haja o risco de o ala não estar disponível para jogar ano que vem.

Uma alternativa bem mais plausível é que o time use a anistia para tirar o último ano do contrato de Ron Artest da folha salarial e troque Gasol em seqüência. Mas também há complicações aqui. Gasol está para receber salário de U$ 19,2 milhões na temporada que vem, e é muito desafiador fazer uma troca envolvendo alguém que ganhe tanto.Times bons geralmente já estão ao redor do imposto e, ao adicionar Gasol, estariam se aproximando das mesmas restrições que dificultam o Lakers a remodelar seu elenco neste momento. Também existe a questão que nem todo dono tem condições de gastar quase U$ 100 milhões na montagem de um elenco. Envolvendo um time ruim com espaço para absorver dinheiro morto também é difícil porque os Lakers já tem futuras escolhas do draft indo para Phoenix e Orlando nos próximos anos, precisando assim encontrar um clube que realmente admire o espanhol a ponto de contratá-lo sem nenhum incentivo a mais como recompensa.

Esses times também vão querer se desfazer de alguém em retorno. E quem está disposto em aceitar Tyrus Thomas, Hedo Turkoglu, Andris Biedrins ou Drew Gooden? E quem o Lakers pode em realidade conseguir que faça valer a apenas ter um desses caras no time mais do que Gasol? Meu palpite é que Gasol retorna pelos menos para o início do seu último ano de contrato e que, se for trocado, será com a próxima temporada já em andamento.

Tudo isso serve para dizer que o Lakers tem um verão muito desafiador pela frente. Porém, escrevi basicamente exatamente a mesma coisa ano passada e Mitch Kupchak deu um jeito de adicionar Nash e Howard. Então, vai saber se não veremos Kevin Love, Danny Granger ou Eric Gordon em Los Angeles ano que vem… Mas, levando em consideração que Gasol e Howard começaram a se entender muito bem no fim da temporada e as restrições sistemáticas, talvez a melhor opção seja manter essa base por mais esse ultimo ano nos contratos de Bryant, Gasol e Artest.

A solução, então, seria um foco mais atento às sobras de mercado, para tentar achar os Nate Robinsons, James Whites, Chris Copelands, Kenyon Martins e Chris Andersens da vida, torcer por melhor sorte com as lesões. O Bulls, outro time cuja torcida se acostumou a sonhar com títulos, sobreviveu muito bem desse jeito neste ano.

*Editor do blog “The Basketball Post” e convidado do Vinte Um. Você pode encontrá-lo no Twitter aqui: @rafael_uehara.

 


Sem Kobe, Gasol enfim vira referência em mais uma reviravolta no ano sem fim do Lakers
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Giancarlo Giampietro

E aí, Gasol?

Pau Gasol, agora a bola é sua, em mais uma reviravolta para o Lakers

Ah, o Lakers.

Será que já houve uma temporada tão estarrecedora como essa na NBA?

Adjetivo é o que não falta para avaliar uma situação tomada pela perplexidade. Penso de primeira aqui ainda em espalhafatosa, decepcionante, inacreditável, calamitosa, maluca e absurda. Mas dá para listar muito mais, num bombardeio psicológico para cima de Jim Buss, Mitch Kupchak e no pobre Mike D’Antoni.

Pode se fazer muitas críticas sobre o trabalho do treinador nesta campanha 2012-2013, mas o cara simplesmente não consegue repetir seu time uma vez sequer. É uma lesão e uma bomba atrás da outra, e o baque de perder Kobe Bryant, do modo como foi, talvez seja a adaga, a punhalada final.

Mas eles vão precisar lutar ainda, né? Não  dá para desrespeitar o astro desta maneira e largar tudo a duas (duas!!!) rodadas do fim, depois de tanto esforço do camisa 24. E o que fazer?

Apostar em Pau Gasol. O espanhol choramingou tanto na temporada, com razão em alguns momentos, de modo descabido em outros, que não deixa de ser irônico que, nos três jogos mais importantes do ano, a bola vai ser dele – e só dele. Está basicamente em suas mãos o destino da versão 2012-2013 do Lakers, o clube que já o trocou uma vez e não assegura sua permanência para a próxima temporada.

Sem Nash, sem Kobe, o pivô é o único jogador saudável do plantel de D’Antoni que pode criar de maneira consistente e produtiva por conta própria. Ele reclamou tanto nos últimos anos, ponderou em diversas ocasiões sobre a dependência/controle do ataque por Kobe, e agora chegou sua hora de voltar ao foco ofensivo, algo que não acontece desde a saída de Phil Jackson em 2011.

Pau Gasol, o da Espanha

Gasol, O Cara pela seleção espanhola. O Lakers precisa dele

Quem se lembra, inclusive, da ira do (ex-)Mestre Zen contra Gasol durante a humilhação que sofreram diante do Mavs nos playoffs daquele ano? Irado, o treinador dava estapeava o jogador, clamando por mais agressividade, numa cena de deixar qualquer Laker atônito. E o pivô não conseguiu dar resposta alguma.

Dessa vez, ou ele entrega, jogando com o grande capitão da seleção espanhola, ou seu time cairá para o nono lugar da conferência.

A boa notícia notícia é que o craque desperto neste mês, tendo retornado de uma lesão no pé que o tirou das quadras por mais de um mês. Em seis partidas em abril, ele tem médias de 19,3 pontos, 10,2 rebotes e espetaculares 6,7 assistências, além do aproveitamento de 6o,5% nos arremessos. Números de um All-Star, de um dos jogadores mais habilidosos da liga num crescimento que culminou no triple-double registrado na dramática e fatídica vitória sobre o Golden State Warriors (26 pontos, 11 rebotes e 10 assistências).

A ideia é realmente abastecer Pau Gasol no alto do garrafão e deixá-lo trabalhando em diversas situações de high-low com Dwight Howard, o grande receptor de seus passes, saltando com tranquilidade para converter as ponte-aéreas planejadas, criadas por seu companheiro. Confiante em seu arremesso e podendo causar estragos ao mesmo tempo como garçom, o espanhol ganharia, então, liberdade para atacar a cesta a partir do drible.

Resta saber, porém, como esse jogo funcionará sem a presença de Kobe em quadra.

Muito já se discutiu sobre a tendência do astro em prender demais a bola, como um buraco negro no ataque do Lakers, com consequências negativas, claro. Mas havia o ponto positivo nisso tudo, não? O respeito, a atenção que Kobe despertava como um assassino no um contra um  podia desestabilizar as defesas, abrindo espaço para seus companheiros operarem. Agora é a hora de conferir como as coisas funcionam para Gasol e Howard sem a perturbadora presença do cestinha no perímetro – pois, até onde sabemos, Jodie Meeks não amedrontaria tanto assim as defesas de Spurs e Rockets, os últimos dois adversários.

Steve Blake. Oh, não!?

Depender de Steve Blake para chegar aos playoffs certamente não estava nos planos de Buss e Kupchak

Caso Nash realmente não retorne – e que falta fazem os preparadores físicos de Phoenix, hein? –, outro que será subemtido a uma enorme pressão é Steve Blake Glup.

Sobrou para o veterano de 33 anos a responsabilidade de carregar a bola ao ataque até o momento de acionar Gasol. É uma função que ele simplesmente não executa com frequência desde a temporada 2006-2007, pelo Denver Nuggets. Desde então, atuando ao lado de Brandon Roy e Kobe, ele trabalhou muito mais como um escolta e arremessador do que como condutor primário.

Nos próximos 80 minutos de jogo, completarão a rotação de D’Antoni o jovem ala Earl Clark, o veterano Antawn Jamison, que tem o desafio de pontuar mais e com eficiência, e Ron Artest, que acabou de voltar de uma cirurgia no joelho em tempo recorde. E só, galera, tendo de enfrentar dois times classificados para os playoffs, que talvez não queiram poupar seus jogadores.

Chocante, acidentada, atabalhoada, assombrosa, assombrada, estapafúrdia. É difícil escolher. Vai até o fim, mesmo, a penúria em uma temporada inclassificável do Lakers.


Nenê é decisivo contra Howard e interfere na luta do Lakers pelos playoffs
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Giancarlo Giampietro

Nenê x Kobe

Não adianta segurar, Kobe. O Nenê já foi embora

Se, por um acaso, o Los Angeles Lakers ficar fora dos playoffs da Conferência Oeste, procurem se lembrar da noite de 22 de março, e do papel que Nenê pode ter nessa eventual eliminação da badalada – e hoje conturbada – franquia.

A que ponto chegamos, então: comemorar uma possível interferência do pivô numa briga em que sua equipe não está nem envolvida diretamente. Mas é isso, mesmo. Olhando a tabela, com o Washington Wizards numa draga tão lastimável, fica difícil, quase impossível de se imaginar grandes momentos esportivos, competitivos para o brasileiro na temporada.

De todo modo, aconteceu, está registrado: Nenê tratou de dar um jeito de deixar suas impressões digitais na cena do crime quando chegar a hora de avaliar o que deu de errado nesta temporada do Lakers.

Quando o relógio marcava 2min17s para o fim, Kobe Bryant estava na linha de lances livres para deixar a equipe da casa em vantagem por três pontos, 97 a 94.

O que se viu a partir daí foram, então, três posses de bola seguidas em que o paulista de São Carlos pediu a bola, assumiu a responsabilidade e pontuou. Quando restavam apenas 43 segundos no cronômetro, o placar era de 99 a 97 Wizards, com cinco pontos consecutivos de seu caríssimo pivô. E quer saber do que mais? Todos os cinco pontos saíram com ele enfrentando um defensor chamado Dwight Howard. Foram dois pontos em um giro no garrafão, com assistência de John Wall. Depois, um gancho em corrida paralela ao aro. Por fim, em outra arrancada agressiva para a cesta, forçou Howard a fazer falta. Na linha de lances livres, errou o primeiro e converteu o segundo.

No fim, Nenê terminou com 15 pontos, cinco rebotes e dois tocos. Acertou sete de 15 arremessos de quadra. Números que poderiam ser avaliados facilmente como “modestos” ou “bonzinhos” – mas nem sempre as estatísticas vão realmente contar toda a história.

Até porque, na verdade, ainda teve muita história nos 40 segundos finais: John Wall matou quatro lances livres, Kobe Bryant errou arremessos fáceis, fez um bem difícil, mas acabou perdendo o mais importante. Com pouco mais de 1 segundo para o fim, Howard conseguiu fazer um passe sensacional de sua linha de base, encontrando o ala na linha de três pontos do outro lado. Kobe se desmarcou de Trevor Ariza, fez um drible para ajeitar o corpo e teve tempo para subir e chutar. Deu aro.

*  *  *

Por falar em Ariza, o jogador renegado pelo Lakers guardou sua melhor atuação da temporada para sua ex-equipe. Lembrem-se que ele estava na campanha do título em 2010, mas depois não teve seu contrato renovado, e sua vaga ficou com o lunático Ron Artest. Pois bem, a julgar pela expressão facial do ala durante a partida, ele foi para quadra pensando bastante a respeito. Como numa intervenção divina, ele acertou sua pontaria de três pontos e matou cinco de sete bolas de três pontos, fechando sua participação com 25 pontos, quatro assistências e quatro rebotes. Nem Phil Jackson poderia acreditar.

*  *  *

Uma derrota preocupante para o Lakers.

(Como se eles precisassem de mais coisas com que se preocupar, aliás.)

O Wizards até se mostra competitivo desde o retorno de John Wall, vencendo agora seis de seus últimos oito jogos – mas foram dois triunfos contra o Phoenix Suns, um contra o Cleveland Cavaliers, um contra o New Orleans Hornets e um contra o Charlotte Bobcats, saca? Em Los Angeles, depois de tanto tempo de descanso, era uma vitória obrigatória.

O time não jogava desde segunda-feira, podendo descansar as costas de Howard e Nash, dar mais alguns dias para a reabilitação do tornozelo de Kobe (21 pontos, 11 assistências, 8/18 nos arremessos em 28 minutos) e ainda iniciar a reintegração de Pau Gasol ao time. Sim, o espanhol barbudo voltou após algumas semanas de ausência por conta de sua fascite plantar. Jogou por 20 minutos (roubando tempo de quadra de Earl Clark, um dos mais atléticos do elenco), ainda fora de ritmo, e somou quatro pontos e oito rebotes.

Mike D’Antoni ainda consegue respirar fundo pelo fato de que sua equipe ainda ocupa o oitavo lugar no Oeste, com duas vitórias de vantagem para o Utah Jazz. Mas haja coragem para brincar tanto com a sorte assim. Oras, foi a segunda derrota seguida do clube, depois de perderem para o mesmo Suns que o Wizards bateu duas vezes nos últimos dias. Afe.

Então volta a acender a luz de alerta. Do contrário, pode ser que, nas próximas semanas, mais alguns jogadores se juntem a Nenê numa lista de caras que, pelo menos, podem dizer que deram sua contribuição para ferrar com o poderoso Lakers.


Lesão de Kobe coloca pressão em Steve Nash na luta do Lakers pelos playoffs
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Giancarlo Giampietro

Steve Nash, ânimo!

Conseguiria Nash replicar suas temporadas no auge pelo Suns, liderando o Lakers?

Então vocês já sabem que o Kobe Bryant, tentando mais uma cesta miraculosa em final de partida do Lakers contra o Hawks em Alanta, terminou por torcer o tornozelo, né? Que por enquanto não há previsão para quando ele poderá voltar a jogar – mas ninguém cravando também que ele vá realmente ficar fora de algum jogo da equipe. O que se sabe apenas é que a torção foi feia.

Kobe sendo Kobe, só não se espantem, por favor, se ele já estiver em quadra na sexta-feira contra o Indiana Pacers ou no domingo contra o Sacramento Kings. Estamos falando do mesmo cara que jogou longas sequências de partidas com ligamentos rompidos em seu pulso direito, com o dedo indicador da mão direita fraturado, fazendo uma infiltração depois da outra durante os playoffs de 2010 etc. etc. etc.

Com 34 vitórias e 32 derrotas, o Lakers supostamente não pode se dar ao luxo de preservar seu espetacular veterano por muito tempo, em uma briga ferrenha com o Utah Jazz pela oitava colocação do Oeste, ainda sonhando em alcançar, de repente, o Houston Rockets ou o Golden State Warriors e, tomando cuidado também com o Dallas Mavericks, que ainda está no páreo.

Agora, no caso de, glup, Kobe realmente ter arrebentado o tornozelo esquerdo, a equipe californiana pode ou dar adeus aos mata-matas, ou descobrir que Steve Nash é um armador de elite na NBA.

Sim, no caso de Kobe ficar fora por mais de uma semana, a pressão agora é toda do canadense.

Está certo que seu elenco, hoje, é bem enfraquecido. Se Mitch Kupchak e Jim Buss montaram um dos quintetos mais temidos da liga, falharam grosseiramente em encontrar jogadores baratos e decentes para o banco – enquanto um Chandler Parsons ou um Greg Smith se tornam barganhas em Houston, Darius Morris, Robert Sacre e Devin Ebanks só carregam isotônicos em LA. De qualquer forma, nas duas últimas temporadas, o cenário que Nash encontrou não era muito diferente, tendo de carregar um plantel medíocre do Suns em uma duríssima conferência. O resultado: 71 vitórias e 77 derrotas, para um aproveitamento de 47,9%, que talvez, talveeeeeez seja o suficiente para assegurar o oitavo lugar daqui  para a frente.

Seu melhor companheiro para a criação de jogadas em pick-and-roll era Marcin Gortat. Hoje, ao menos tem um Dwight Howard ao seu lado – e Pau Gasol poderá estar de volta na semana que vem. Um bom começo, não? De resto, seria torcer para que Jodie Meeks acerte a mão de três pontos e consiga elevar seu atual rendimento de 37,7%, que  é baixo para um suposto especialista, contratado apenas para isso, ocupando uma faixa salarial valiosa em um time que já não tem mais flexibilidade alguma para buscar reforços… Do contrário, ter priorizado o ala ex-Sixers em detrimento de Leandrinho pode se tornar um erro ainda mais grave e custoso nesta reta final de campeonato.

Mais importante, porém, é saber em que estágio estão as habilidades individuais de Nash com a bola nesta altura da campanha. Uma leitura difícil de se fazer. Afastado do santificado estafe de preparadores físicos e médicos do Suns, deslocado para outra função, será que ele consegue regressar no tempo e conduzir um eventual Lakers-sem-Kobe rumo aos playoffs?

Quando o Lakers contratou Nash no ano passado, foi uma bomba. Na hora de digerir a negociação, duas vertentes se desdobraram: pensando de modo otimista, o armador poderia aliviar a carga pesada que Kobe carregava em LA; por outro lado, sobravam dúvidas sobre o quanto seus estilos combinariam em quadra.

Inicialmente, uma fratura na perna de Nash não deixou outra opção: Kobe teria novamente de fazer um pouco de tudo em busca de vitórias. Quando o armador retornou, a temporada já estava toda avariada, com a troca de Mikes no comando e uma saraivada de críticas públicas dentro do elenco. No fim, foi decidido – por quem? – que Bryant continuaria dominando a bola por um tempo, com o Capitão Canadá funcionando como uma espécie de Super Steve Kerr ao seu lado. Arremessar melhor que Steve Blake, Jordan Farmar, Ramon Sessions, Derek Fisher e Smush Parker, opa!, a gente sabe que faz. Ô, se faz: somando arremessos de dois e três pontos e de lances livres, sua média de True Shooting ainda é excepcional, com 60,7% de acerto. Apenas no perímetro, ele converte 43,4% dos chutes, melhor marca nos últimos quatro anos.

De um modo geral, porém, a transição para o Lakers teve um impacto claro no jogo de Nash. Antes, ele brilhava controlando o show, chamando pick-and-rolls por toda a quadra, puxando contra-ataques mortais, chutando a partir do drible. Um pacote bem diferente do que se posicionar no lado contrário, esperando pelo passe, ou do que correr fora da bola buscando corta-luzes para ser municiado. Nos números, o impacto dessa mudança é claro: o armador toma conta de apenas 17,1% das posses de bola da equipe, bem abaixo dos 21,4% de dois anos atrás no Arizona. Além disso, suas posses de bola terminam em assistência em 31,7%, a média mais baixa de sua carreira desde 2000 – nas últimas temporadas, por exemplo, os índices foram de 50,9% e duas vezes 53,1%. Em termos de produção geral, seu valor despencou de 20,3 de eficiência para apenas 15,4, exatamente 0,4 acima da média da liga.

Sem a inesgotável criatividade de Kobe no perímetro, Nash terá de resgatar seu padrão de jogo que lhe deu dois prêmios de MVP na década passada, ou algo perto disso.

Não é da maneira como queriam, idealizavam, mas ele e Mike D’Antoni agora têm a chance de repetir as brilhantes campanhas em Phoenix. Com a diferença de que há, agora, muito mais (pressão) em jogo.


Pau Gasol vai ao ataque e ameaça pedir troca se Mike D’Antoni continuar no Lakers
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Giancarlo Giampietro

Senta, que já vem história

Pau Gasol simplesmente não quer mais ficar sentado ao lado de Mike D’Antoni

Com Dwight Howard afastado por lesão, Pau Gasol retomou seu posto de pivô titular no Los Angeles Lakers e arrebentou. Somou 45 pontos, 22 rebotes e, opa!, 33 arremessos de quadra nas vitórias sobre o Minnesota Timberwolves e o Detroit Pistons. Foi sua melhor sequência na temporada, ajudando o time a encurtar, nem que seja um tico, a distância para Houston Rockets e Portland Trail Blazers na disputa por uma suada vaga nos playoffs da Conferência Oeste.

Então tá tudo bem com o espanhol, né?

Pfff… Nada disso.

Em entrevista de impacto ao LA Times nesta terça-feira, o barbudo colocou ainda mais lenha na fogueira que é a temporada do Lakers. Como se precisasse. Aliás, fogueira que nada. Já chegou ao ponto de queimada geral.

Na entrevista ao principal jornal da cidade, de relevância nacional, Gasol simplesmente decidiu dizer que pode pedir uma troca para a diretoria,caso Dwight Howard e Mike D’Antoni permaneçam, juntos, no clube, na próxima temporada.

Acontece direto, sabemos: o jogador está frustrado num clube, cansado de perder ou cansado da cidade – dizem que evitam Portland, por exemplo, porque lá chove muito. Agora… Essa última do astro espanhol foi novidade e extremamente bizarro. Ele inovou: se entendi bem, trata-se de um “suposto futuro pedido de troca que, quem sabe, poderá vir a acontecer de acordo com uma eventual condição”.

É a cara de Gasol.

Sensível, magoado com o modo como é tratado no Lakers, injustiçado, sem ganhar o devido respeito pelo bicampeonato que deu ao time (ao lado de Kobe Bryant, Phil Jackson, Lamar Odom, Andrew Bynum e Derek Fisher, claro).

De certo modo, dá para entender. Gasol realmente já foi esculhambado por muita gente dentro da franquia, desde os tabefes que levou de Phil Jackson em quadra, na humilhante derrota para o Dallas Mavericks em 2011, aos constantes ataques venenosos da Mamba Negra. Por fim, foi despachado em transação que levaria Chris Paul para uma outra Los Angeles, até que David Stern resolveu por fim ao negócio.

Machuca.

(Mas não é o fim do mundo, né? Ainda mais quando seu salário beira os US$ 20 milhões anuais e quando não se pode perder de vista que estamos falando de uma liga na qual Wilt Chamberlain, Shaquille O’Neal, Patrick Ewing, Hakeem Olajuwon, Scottie Pippen, Charles Barkley, Gary Payton e tantos outras estrelas completamente vinculadas a uma franquia já foram trocadas.)

Magoado, de qualquer forma, Gasol partiu para o (contra-)ataque. Quando o time mais precisa de seus serviços, enquanto Howard mal consegue erguer o ombro direito sem dores, ele decidiu abrir o bico para valer, em direção a D’Antoni, treinador que não consegue encaixar os dois pivôs em seu plano de jogo e desrespeitou, sim, o espanhol quando o enterrou no banco de reservas em sua estreia, insinuando que o sujeito estava atrapalhando em quadra.

Quer dizer, Gasol primeiro afirma que a culpa não é do treinador. Que ele teria seu sistema, com um grandalhão cercado por quatro jogadores abertos, e que quem o contratou sabia disso. Mas não passa de uma observação meramente cínica. Afinal, na entrevista a TJ Simmers, ele passa o carro por cima.

Segura:

– “Tenho a sorte de fazer o que faço para viver e ganhando muitíssimo bem para isso. Mas o que dói é que essa oportunidade única que temos com jogadores tão bons não está sendo aproveitada ao máximo.”

– “Eles tentam decidir como posso ser produtivo nesta mistura, enquanto sei que não estarei em uma posição para fazer o que faço e nos ajudar a vencer mais jogos. É frustrante, mas não vai me impedir de jogar duro em qualquer função.”

– “Não vou me deixar afetar. Ele (D’Antoni) está bagunçando com minha temporada, mas não minha carreira. Sei o que já conquistei, e ainda acho que sou um dos melhores jogadores do mundo.”

– “Num mundo perfeito, gostaria de ver nós dois (ele e Howard) dominando como um par no garrafão e facilitando as coisas para nossos companheiros.”

– “Nada vai mudar, mas não tenho dúvida de que poderíamos coexistir e dominar um jogo atrás do outro. Acredito 100% que, se estivesse começando as partidas ao lado de Dwight, chegaríamos aos playoffs. Apenas não sei se sair do banco torna o time melhor e com chance de vencer mais jogos.”

Chega?

Tudo isso foi com o gravador ligado. Imagine em off.

O Lakers enfrenta o Brooklyn Nets nesta quarta-feira. Imaginem como serão amistosas as interações entre os dois (Gasol, aliás, diz que mal fala com o treinador, a despeito de terem marcado um jantar para tentar resolver as diferenças, um encontro que o espanhol acha que até piorou  as coisas). Imagine também a zona mista depois da partida diante da mídia nova-iorquina, que sabe uma coisa ou outra sobre espalhar um incêndio.

Dependendo da repercussão, o possível-suposto-eventual pedido de troca pode ser antecipado pela diretoria do Lakers, liderada por um Jim Buss que não gosta de levar desaforo para casa. Foi sua a decisão pela contratação de D’Antoni.

E, não precisa nem reler as declarações destacadas acima, para entender que Gasol deu seu recado: é ele ou eu.


Ainda é preciso paciência na hora de avaliar o renovado e irregular Los Angeles Lakers
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Giancarlo Giampietro

Fab Four do Lakers

Por Rafael Uehara*

As expectativas não poderiam ser maiores para o início de temporada. Depois de ser eliminado pelo Thunder em cinco jogos pela segunda rodada dos playoffs passados, o Lakers fez as duas maiores aquisições no mercado de verão, contratando Steve Nash e acertando a chegada de Dwight Howard via troca. Havia algumas dúvidas em relação ao tamanho do elenco da equipe e se Mike Brown era o homem certo para liderar esse grupo de estrelas, mas, em grande parte, a avaliação da crítica (oi!) era de que eles seriam uma superpotência e um candidato claro ao título.

Bem, caminhando para a conclusão do segundo mês de temporada, ainda não aconteceu. O Lakers perdeu 12 de seus primeiros 21 jogos, mesmo tendo encarado a décima tabela mais fácil  da liga até o momento, segundo os dados de Jeff Sagarin, do USA Today.  Mike Brown já é passado faz tempo, depois de a equipe ter perdido quatro de seus cinco jogos iniciais, e Mike D’Antoni assumiu o cargo. A mudança de técnico, por enquanto, ainda não foi significativa, já que eles perderam sete de 11 partidas com o novo comandante.

Kobe being Kobe

Não se esqueçam que Kobe estava por trás da mudança ofensiva de Mike Brown, hein?

As circunstâncias por trás dos tropeços em LA não podem ser  ignoradas, contudo. A equipe começou a temporada tentando empregar um novo ataque, o sistema de Princeton, porque Kobe Bryant havia feito um lobby especificamente pela volta de um sistema de leitura-e-reação (read-and-react), semelhante ao dos triângulos de Tex Winter e Phil Jackson. Nash, então, fraturou a perna no segundo jogo da campanha, em Portland. A direção da fanquia optou pela demissão de Brown, já sem aguentar mais tantas críticas de fora, especialmente por parte de, justo quem!, Magic Johnson – que, a despeito de ser um comentarista na ESPN, ainda continua, de algum modo, num papel de consultor da franquia… Vai entender.

D’Antoni chegou, mas o time ainda não conseguiu se reagrupar. Agora é a vez de Pau Gasol desacelerar devido a uma tendinite no joelho, que o forçou a perder os últimos quatro jogos. Ah, e não se esqueça que Howard ainda está trabalhando para voltar a sua melhor forma, a forma com que pode fazer a diferença em qualquer jogo, depois de sofrer uma cirurgia nas costas que lhe custou meses de jogos na temporada passada e de preparação para esta.

O Lakers tem alguns problemas crônicos que são realmente ameaçadores para a legitimidade de seu favoritismo. Fora Ron Artest, por exemplo, o time não tem alguém física ou atleticamente capaz para defender no perímetro. E, caso você pense em Kobe, tudo o que estará fazendo é expor uma certa desatenção na hora de ver o astro defender (ou, talvez, não defender nada) nos últimos três anos. De acordo com os dados da Synergy Sports, o Lakers é apenas o 14º na hora de defender jogadas no mano a mano, 22º ao marcar os arremessadores que usam corta-luzes para se desmarcar, 26º ao defender jogadores que cortam para a cesta e 18º na hora de cobrir contra-ataques.

Nash e Gasol no banco

Dois distintos senhores testemunhando o início fraco de campanha do Lakers

Estas estatísticas todas são focadas apenas na defesa exterior deles e que provam o porquê de a equipe ter tanta dificuldade diante de equipes dinâmicas como o Grizzlies e o Thunder – na verdade, até mesmo rivais como Knicks e Rockets já tiraram sua casquinha. E o retorno de Nash não vai resolver este problema. Com a atual configuração do elenco, a única solução para isso seria um Howard 100% em forma debaixo do aro – algo sobre o qual não sabemos ao certo ainda quando e se vai acontecer.

Aí também temos a questão envolvendo Gasol. O espanhol não combina com o sistema ofensivo de D’Antoni. É um esquema que não chama jogadas de post-up no garrafão, a principal via do jogador para pontuar. Por mais completo que seja, o jogo de Gasol não envolve corridas velozes pela quadra, cortes para a cesta e um arremesso com pontaria certaria que ofereça mais espaçamento. Realmente não parece algo que possa ser encaixado ali. Faria muito sentido para o Lakers negociar Gasol para receber alguns jogadores atléticos no perímetro e mais arremessadores. Mas isso também não é fácil – seriam necessários US$ 19 milhões para compensar seu salário, algo que pediria talvez mais de um time no negócio, sempre um desafio.

Então, no fim, a paciência se faz realmente obrigatória na hora de avaliar este Lakers. É claro que devemos prestar atenção em suas falhas, mas ninguém também tem de se desesperar no momento, já que é o seu começo. Ainda há dois terços do campeonato pela frente, e dá para dizer com segurança de que será uma equipe diferente ao final da temporada regular – se não forem os nomes estampados nas camisetas, definitivamente será o modo como eles estarão estruturados em quadra.

*Editor do blog “The Basketball Post” e convidado do Vinte Um para este mês. Você pode encontrá-lo no Twitter aqui: @rafael_uehara.

PS: Durante dezembro, por motivos de ordem profissional (embora a gente goste mesmo é de férias, o Vinte Um vai ser atualizado num ritmo um pouco mais devagar. Voltamos no final do mês com tudo.

 


Em tom de vingança, Orlando vence Lakers de Howard com tática provocadora
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Giancarlo Giampietro

Hack-a-Howard em Los Angeles

Hack-a-Howard, numa vingança daquelas para o Orlando Magic

Se a vingança é realmente um prato que se serve frio, os rapazes do Orlando Magic entregaram a Dwight Howard uma bandeja com pedregulhos pontiagudos de gelo neste domingo.

E deve ter doído.

No jogo que marcou o reencontro do superpivô com seus ex-companheiros, o time da Flórida impôs ao Lakers mais uma derrota completamente embaraçosa. Daquelas que vão repercutir em novos rumores (e clamores) de troca envolvendo Pau Gasol certamente. O espanhol barbudo que se prepare.

De todo modo, quem foi para a cama com a cabeça mais cheia e atordoada certamente foi seu parceiro de garrafão, Dwight Howard. Que pancada que ele tomou na cuca!

O Orlando venceu por 113 a 103! Em Los Angeles!! Marcando 40 pontos no quarto período!!! Quarenta!!! E ainda tem mais exclamação pela frente!!!!!

Sabe por quê?

PORQUE ELES USARAM A TATICA DE HACK-A-HOWARD!

Mais humilhante que isso não dá. Nem perder para o Wizards. 🙂

O pivô foi parado com a bola em diversas ocasiões, sendo obrigado a cobrar 14 lances livres no período final (dos quais converteu sete). No total, ele bateu 21 lances livres, matando 9. Aproveitamento pífio. No final, ele saiu de quadra sem cumprimentar os (ex-?)amigos, talvez ofendido pela tática adotada pelos agora adversários. Chuim, que triste.

“Que Dwight seja Dwight. Se ele quer sair da quadra, tudo bem. Ele perdeu. Eu me sentiria mal também. Não gostaria de dar a mão para ninguém”, afirmou o pivô Glen Davis, cuja contratação pelo Magic havia sido expressamente recomendada por Howard no ano passado.

Davis, depois, exagerou na dose: “Não estávamos nem pensando nele. Apenas queríamos esta vitória”.

A-hã.

Depois de todo o dramalhão que tomou conta da franquia na temporada anterior? Reencontro em Los Angeles? Certamente eles nem estavam pensando nele.

Jameer Nelson, por exemplo? Aquele que admitiu publicamente a mágoa com o pivô, que pedia nos bastidores um armador melhor ao seu lado? Decidiu ignorar uma incômoda tendinite, que o afastou de diversos jogos no mês passado e marcou 19 pontos e deu 13 assistências. Mas é claro que ele estava pensando na morte da bezerra.

*  *  *

Algo bastante irônico também para os donos do Orlando Magic deve ter sido assistir a uma partidaça do montenegrino Nikola Vuceic, com 17 pontos, 12 rebotes e quatro tocos em 40 minutos. Praticamente se equivalendo aos 21 pontos e 15 rebotes de Howard por conta própria. Assim como os 30 pontos de Arron Afflalo, principal peça que a equipe recebeu na megatroca por Howard, beirando os 34 de Kobe Bryant.

*  *  *

O Lakers volta a ficar com mais derrotas do que vitória, no mês de dezembro. Ai.

Ainda assim, num ano de muito equilíbrio na liga, eles ao menos estariam nos playoffs se a temporada tivesse acabado neste dia 2 de dezembro, classificando-se em oitavo. Mas todo mundo sabe que, em LA, isso não é o bastante.