Vinte Um

NBA: o que curtir ou chiar nos times da Divisão Sudoeste

Giancarlo Giampietro

Cada equipe tem suas particularidades. Um estilo mais ofensivo, uma defesa mais brutal, um elenco de marmanjos cascudos, outro com a meninada babando para entrar em quadra. Depois das Divisões Sudeste, Atlântico e Central, vamos dar uma passada agora pela Sudoeste, mirando o que pode ser legal de acompanhar e algumas coisas que provavelmente há de se lamentar. São observações nada científicas, estritamente pessoais, sujeitas, então, aos caprichos e prediletos de uma só cabeça (quase) pensante:

DALLAS MAVERICKS
Para curtir:
– Quando Dirk Nowitzki dá aquele passo maroto para trás e, mesmo com um pé só plantado, consegue o equilíbrio necessário para matar um chute de média distância lindo que só.

Rick Carlisle tirando o máximo do que tem disponível.

José Calderón e seu jogo de mínimos erros, sem deixar de botar seus parceiros em boas condições para fazer a cesta.

– E o Gal Mekel, esse israelense surpreendente, aprendendo tudo rapidinho com o espanhol.

Monta Ellis jogando num time vencedor… Quer dizer… Será?!

Shawn Marion ainda encontrando um jeito de apanhar seus rebotes, atrapalhar cestinhas, mesmo que seu nível de capacidade atlética ainda não seja mais o de Keanu Reeves no Matrix.

DeJuan Blair fazendo das suas na tabela ofensiva.

– As decolagens de Brandan Wright.

Para chiar:
– Os efeitos do tempo contra um jogador espetacular como Nowitzki. É desses que deveria durar para sempre.

Samuel Dalembert achando que pode, mas sem proteger direito o garrafão.

Monta roubando arremessos de Dirk na hora de decidir um jogo.

– A fragilidade física de Wright.

HOUSTON ROCKETS
Para curtir:
– O barbeiro de James Harden.

– E, ok, também a inteligência de Harden para atacar a partir do pick-and-roll, partindo para a cesta de modo incessante, carregando os pivôs adversários de faltas.

– Um Dwight Howard saudável.

Jeremy Lin provando que é muito mais que uma andorinha de um só verão.

Patrick Beverley, com seu baixo salário e talento diverso, lembrando a todos o valor de um bom serviço de scout.

– A versatilidade de Chandler Parsons e Omri Casspi nas alas.

– Qualquer instante de Donatas Motjeunas em quadra.

Para chiar:
– Os caprichos e pataquadas de um Howard, saudável ou não.

Omer Asik relegado a segundo plano depois de ótima campanha.

– O percentual combinado no acerto de lances livres entre Asik e Howard.

– Aqueles que ainda não (!?) perdoam Lin pelo que foi a Linsanidade.

MEMPHIS GRIZZLIES
Para curtir:
Marc Gasol, como o melhor pivô da família na NBA, e um pacote de fundamentos completo para um sujeito deste tamanhão todo. Craque.

Tony Allen sem parar, Tony Allen sem parar, Tony Alem sem parar…

Zach Randolph x Blake Griffin.

Mike Miller livre do gelo nas costas e sobrevivendo graças a seu lindo arremesso.

– Acompanhar o desenvolvimento de um time a partir de preceitos analíticos de John Hollinger.

Para chiar:
– A saída de Lionel Hollins.

– O soneca Tayshaun Prince, que já não assusta mais ninguém no ataque.

– A carência no tiro de três pontos para dar mais folga a Z-Bo.

NEW ORLEANS PELICANS
Para curtir:
– Monocelha!

– A evolução de Anthony Davis, que tenta justificar tanto otimismo por parte dos scouts da liga.

– Ver no que dá o experimento Holiday-Gordon-Evans. Em princípio, pode faltar bola para os três. Mas e se eles se ajeitarem, com três bons condutores, atacando de diversas formas?

– O posicionamento defensivo da rapaziada de Monty Williams.

Al-Farouq Aminu correndo a quadra como um doido varrido.

– Os jogos em que Brian Roberts deixa todos seus companheiros bem mais ricos envergonhados.

Para chiar:
– A turma do perímetro esfomear e não passar para o Monocelha.

– Pivôs limitados para fazer companhia a Davis.

– Os dias em que Tyreke Evans pode ser dos jogadores mais frustrantes da liga.

Aminu ainda sem saber direito o que fazer com a bola no ataque.

Austin Rivers relegado a um papel mínimo depois da evolução que apresentou no verão.

SAN ANTONIO SPURS
Para curtir:
Tim Duncan ainda batendo LaMarcus Aldridge em jogadas de transição, encapaçando os ganchinhos de corrida para a direita, protegendo o aro, tentando de tudo em busca de mais um título.

– A velocidade e controle de bola de Tony Parker em modo mais que agressivo.

– Os pick-and-rolls finalizados por Tiago Splitter.

– A evolução, passo a passo, de Kawhi Leonard.

– Entrevista de Gregg Popovich em rede nacional.

– Ver que o sexto sentido de Manu Ginóbili ainda funciona, mesmo que seu corpo já o traia muitas vezes.

– Os passes imprevisíveis de Boris Diaw, Manu e De Colo.

Patty Mills arrebentando em quartos períodos de surras pra o Spurs. E sua disputa contínua com Cory Joseph.

Para chiar:
– Qualquer resfriado que possa afetar a produção de Duncan.

– As inevitáveis diversas lesões de Ginóbili e os momentos em que sua cabeça pede uma coisa, mas a o corpo não responde do modo apropriado.

– Os flagras de Diaw em qualquer hamburgueria de San Antonio.