Vinte Um

Em uma partidaça, Miami Heat vence Spurs e força o sétimo jogo. Relaxe e desfrute

Giancarlo Giampietro

LeBron, assim mesmo

LeBron, sem bandana mesmo: triple-double, defesa sobre Parker, e talvez não seja o suficiente?

Depois de um dos grandes jogos, dos maiores que já vimos, você vai dizer o quê?

Com nossa preocupação – ou despreocupação – em querer avaliar tudo a cada instante, todo detalhezinho que seja, em tempo real, gênios que somos, depois do que vimos nesta madrugada de terça para quarta-feira, vamos falar exatamente o quê?

QUEM amarelou?

QUEM é o culpado?

Há realmente espaço para esse tipo de coisa ainda?

(Ainda mais levando em conta o contexto do que se manifesta pelas ruas das capitais e capitais do país nestes últimos dias?)

Depois do espetáculo apresentado neste sexto jogo das finais da NBA, com o Miami Heat tirando forças no quarto período para forçar uma dramática-ática-ática prorrogação, garantindo a vitória por 103 a 101, e agendando sétima partida, volta a pergunta: você vai dizer o quê?

Vai julgar quem desta vez?

Diabos.

De antemão, deixem LeBron James e seu triple-double (“apenas” 32 pontos, 11 assistências, 10 rebotes e 3 roubadas) em paz – durante 36 minutos, ele já estava incluso burroneamente, novamente na lista dos fracassados históricos da liga. Aí termina o jogo e como é que fica?

Assim como Kawhi Leonard (22 pontos e 11 rebotes!!!) e seu lance livre perdido no final do tempo regular, que poderia ter feito toda a diferença na contagem final, antes da bola. Em alguma realidade alternativa seu chute de lance livre caiu. Só não foi nesta que, por acaso, seguimos. E agora temos um Jogo 7 já histórico para acompanhar.

Vale o mesmo para Pop, Spo, Wade, Parker, Splitter ou Bosh (justo ele, com seus dois tocos decisivos!)… Não pensem que estes caras todos estão de bobeira.

Antes de martelar, de julgar, de sabe-se lá o quê…

Apenas desfrutem.

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Twitter é legal, mas é um saco ao mesmo tempo.

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Dou um jeito de voltar aqui nesta quarta ou quinta-feira cedinho para discutir um pouco mais do Jogo 6 e falar do Jogo 7. É que a agenda tá apertada pacas. Mas só para reforçar: o que vimos nesta terça foi uma das melhores partidas da NBA – e do basquete, doa a quem doer – em muito tempo. Dois times bem armados, testados, após batalhas e batalhas. A essa altura, dá pra dizer que o mais preparado é o Spurs. Mas o talento do Heat é tamanho que deixa tudo muito imprevisível. Ray Allen não estava matando nada, nada. Mas quem duvidaria de que ele seria capaz de acertar aquele chute. naquela hora? Ninguém. E foi um petardo de chuá. Que deixa o momento psicológico da série todo voltado para o time da Flórida. Mas não dá para fazer prognóstico algum para o jogo decisivo do confronto. Quem vai reagir como? É aguardar para ver. O lance, mesmo, é esperar um grande jogo. É deixar as infantilidades de lado e embarcar nessa. Há muitos detalhes para se consumir antes: se Manu Ginóbili vai conseguir responder (de novo e de novo)?; se Dwyane Wade consegue jogar por mais de um tempo ainda; se o chute de 3 pontos de Miami vai cair com esta frequência; se Danny Green vai reagir para se manter na briga pelo prêmio de MVP; se Mario Chalmers conseguirá se manter efetivo; etc; etc; etc.