Vinte Um

Haja perna: Paulistano encara maratona de prorrogações pelo NBB

Giancarlo Giampietro

É de se imaginar que jogar uma partida de prorrogação tripla, fora de casa, não seja fácil. E que tal, três dias depois, passar pelo mesmo sufoco? Para o Paulistano, foi moleza.

Já estão prontos para outra!

Quer dizer, nem tanto, né?

A equipe de São Paulo venceu neste sábado o Vila Velha por 126 a 120, em 55 minutos de jogo. Foi o mesmo tempo de duração de seu triunfo sobre o Minas na quarta-feira passada, por 114 a 109, em Belo Horizonte. Haja perna para correr tanto.

Agora imaginem a confiança do elenco para as próximas partidas? Depois de encarar uma árdua sequência dessas, saindo vencedor em ambas, não há como avaliar as coisas de modo diferente, independentemente se foram atuações de alto nível, ou não.

O confronto deste sábado contra o time dirigido por Daniel Wattfy não primou necessariamente pela defesa, e o Paulistano acabou quebrando o recorde de pontos do campeonato nacional (que pertencia ao próprio clube, aliás, num retumbante placar de 120 a 93 contra o Brasília em novembro de 2011). Nos três primeiros quartos, por exemplo, em apenas uma parcial as duas anotaram mais de 20 pontos – no segundo período, o Vila Velha ficou 'só' nos 19 p0ntos. Apenas no quarto final que eles tiraram o pé: vitória por 16 a 13 dos visitantes, forçando a prorrogação.

O Paulistano, aliás, perdia por 85 a 80, com menos de um minuto para o fim da partida. O talentoso armador panamenho Joel Muñoz matou uma bola de três para empatar o placar. Nos tempos extras, a contagem ficou em 41 a 35 para os rapazes dirigidos por Gustavo de Conti. Isto é, foram 76 pontos em 15 minutos de jogo… Com ninguém mais com cabeça ou perna para defender.

A boa notícia para os jogadores do clube situado no Jardim, dãr, Paulistano é que agora eles não voltam para a quadra tão cedo, uma vez que o campeonato entra em recesso para celebrar seu jogo das estrelas no próximo fim de semana – apenas dois jogos estão marcados na próxima semana: Basquete Cearense x Brasília, na terça, e Limeira x Pinheiros, na quarta.

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Nestes embates com tripla prorrogação, os números surtam. Por exemplo:

– O Paulistano teve oito jogadores com 11 pontos ou mais, liderados pelo cavalo chamado Alex Oliveira (20 pontos e 11 rebotes, cinco ofensivos).

– Os mesmos oito atletas dividiram a quadra de um modo mais adequado, variando entre os 22min46s do pivô Wágner e os 42min27s do ala Pedro.

– O Vila Velha teve cinco atletas excluídos com cinco faltas.

– Pelo time da casa, o norte-americano Jay Parker marcou 35 pontos, mas precisou de 25 arremessos para isso, sendo 21 deles absurdamente da linha de três pontos. Sério: o cara realmente arriscou 21 chutes de longa distância na mesma partida, ficando em quadra por inacreditáveis 47min57s. O armador Alexandre Pinheiro acumulou 14 pontos, nove rebotes e oito assistências.