Vinte Um

Semifinais têm histórico apimentado. E segue o torneio olímpico

Giancarlo Giampietro

A agenda olímpica está bem apertada no QG 21, o ritmo está um pouco mais lento do que deveria, mas… Mas… É isso, tá?

Bem, o Brasil está eliminado, mas isso não quer dizer que a graça acabou. Para quem curte o basquete, não importando as cores do uniforme, tem muito mais o que se assistir em Londres-2012.

Nocioni e Scola para o rebote

A semifinal histórica de Atenas-2004

A Argentina vai fazer de tudo para catimbar e pressionar os Estados Unidos. Um time é claramente superior ao outro. Mas as vitórias históricas – de dez, oito anos atrás, vá lá –, a milonga, a experiência, o orgulho reforçado pelo triunfo sobre os arquirrivais… Todo esse pacote pode dar aos nossos vizinhos pelo menos a chance de sonhar. Chance mínima, improvável, mas quem vai dizer que é impossível?

A questão para o Team USA é apenas como encarar as provocações e golpes baixos já desferidos na primeira fase e nos amistosos: servem de mais combustível ou podem atrapalhar de alguma forma?

Na outra semifinal, temos a amada, venerada e respeitada Espanha.

Ou nem tanto.

Rússia, campeã do Eurobasket-2007

Título russo em Madri. Isso aí

Sempre que eles pisarem em quadra neste torneio – e, pela repercussão, deve durar pelo menos mais um ano –, os irmãos Gasol & cia. de craques serão cobertos sobre a suposta entrega de jogo contra o Brasil. E, na verdade, a partir deste post, a tentação é de abrir mão de qualquer pudor a respeito. Tirando os espanhóis, não há quem venha a público para defender/desmentir o papelão que fizeram. No fim, uma geração vitoriosa dessas pode ser marcada por uma tremenda de uma bobagem.

Sobre o confronto em si com os russos, há muito em jogo. Em 2007, já com David Blatt no comando, os ex-comunistas chocaram a Espanha inteira vencendo os anfitriões na final do Eurobasket, em pleno Palacio de Deportes de Madri, não se esqueçam. Foi uma vitória heróica e dramática por 70 a 69, com o decisivo norte-americano JR Holden. Os espanhóis venceriam as duas edições seguintes do torneio, mas algo me diz que eles trocariam as duas taças por aquela perdida. E, vejamos, na primeira fase, deu Rússia novamente, né? Derrota que empurrou os ibéricos a tomarem aquela decisão supostamente fatídica e lamentável.

Pimenta não falta.