Vinte Um

O Fantástico Mundo de Ron Artest: Etiqueta no Twitter

Giancarlo Giampietro

Antes da criação do Vinte Um, um projeto mais modesto, mas seguramente mais divertido era criar um blog todo voltado ao ala Ron Artest, do Los Angeles Lakers.

E bancaria como? A começar pela leitura do site HoopsHype, obrigatória para qualquer fã de basquete, devido ao acúmulo absurdo de informação oferecido diariamente, com tweets e declarações dos jogadores, jornalistas, dirigentes e trechos de reportagem do mundo todo.

As novelas das negociações de LeBron James e Carmelo Anthony foram certamente as líderes em manchetes nos últimos anos desse site agregador de conteúdo. Afinal, é o tipo de assunto que rende boato, respostas a boato e os boatos que, então, brotam desse processo.  Mas há também um personagem que dia sim, dia não vai estar presente por lá, geralmente no pé dos boletins de rumores, puxando a fila dos faits divers. Ron Artest, senhoras e senhores.

Sucessor natural de Dennis Rodman na prática do lunatismo – embora com personalidades e natureza completamente diferentes, num mano-a-mano que deve ser explorado em uma ocasião futura  –, Ron-Ron vai ganhar o seu próprio quadro aqui. Nos tempos em que a ordem é racionar na vida em sustentabilidade, o jogador não nos priva de sua condição de fonte de humor inesgotável.

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Artest só quer se divertir no Twitter

Artest só quer se divertir no Twitter

Vocês podem conhecê-lo como um brutamontes de um defensor. Como um péssimo rapper. Como um cabeça oca. Mas também devem tomar contato com sua faceta de um dos Twitteiros (@MettaWorldPeace) mais agitados do mundo da NBA. Como tal, ele vai oferecer conselhos aqui e ali sobre como encarar a rede de microblogs. Ao menos no que diz respeito aos seus próprios tweets.

Durante o fim de semana, Ron-Ron estava inspirado. Depois de uma série de comentários que as pessoas aparentemente julgaram tontos – ô, gente ranzinza. Artest ficou chateado e disse que largaria suas atualizações por duas semanas.

Pois bem. Seu jejum durou 23 minutos.

Aí ele voltou com tudo.

''Como pode um jogador de basquete tão talentoso, que as pessoas dizem que estou acabado, mas ainda posso fazer cesta, ser tão pouco classudo, mas relacionável? Eu posso dizer…''
E aí a explicação não fez muito sentido:

''Meu melhor amigo é racista. Ele me chama de muitas coisas e eu o chamo de muitas coisas. Nós não. Valemos nada.Vocês deviam ouvir a gente jogando sinuca. Muito intenso.''
Ok, e…?

''Meu Twitter é bastante autoexplicatório: burro. E eu o adoro desse jeito. Burro e divertido. Não é como meu QI de basquete. Exmplo: o famoso passe contra New Orleans''.
Sinceramente, não precisa pesquisar para saber a qual passe ele se refere, né? Deixem estar.

''Meu Twitter não é para pessoas classudas ou pessoas conservadoras. É para bobagens (''nonsense'') aleatórias e adultos educados de modo elementar.''
Saca? Para de ser chato e deixem o Metta em paz.

E aí ele continua. Em meio ao agitado mercado da NBA, ele anuncia que foi trocado. Mas lembre-se de suas ressalvas anteriores:

''Fui trocado… Tinha essa garota com quem estava saindo e me trocou por um cara dominicano porque ele tinha mais atitude.''
Estávamos com saudade dele.

PS: Veja os capítulos prévios de nossa série exclusiva sobre o chamado Metta World Peace